A paixão pelo autômato: a condição maquínica

Autores

  • Gustavo Caetano de Mattos Mano UFRGS
  • Amadeu de Oliveira Weinmann UFRGS
  • Roberto Henrique Amorim de Medeiros UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2018v24n2p506-523

Palavras-chave:

Cinema, autômato, cultura, psicanálise.

Resumo

Neste escrito, visamos a explorar os desdobramentos da figura do autômato no cinema e o fascínio que ele desperta. Sob a forma de ensaio, traçamos a genealogia do autômato na cultura, da Grécia antiga a Hollywood, e examinamos sua aparição ao longo da história do cinema, assinalando alguns dos filmes em que suas diversas facetas encontram-se representadas. Do precipitado formado pela incidência fílmica do autômato, sublinhamos os traços conferidos na Contemporaneidade a essa composição, acentuando a filiação ao homem, a natureza robótica e a obediência ao desígnio. Dialogando com a psicanálise, examinamos o conceito de duplo e de compulsão à repetição, assinalando a figura do autômato como duplo do sujeito da Contemporaneidade, encarnando a fantasia de denegação do mal-estar produzida como legado do tecnicismo, do cientificismo e do capitalismo tardio. Concluímos que os autômatos do cinema desvelam uma verdade sob o caráter de ficção: os sujeitos da Contemporaneidade fantasiam os ideais da condição maquínica.

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Biografia do Autor

Gustavo Caetano de Mattos Mano, UFRGS

Psicólogo, Mestre em Psicologia Social e Institucional/UFRGS.

Amadeu de Oliveira Weinmann, UFRGS

Professor Doutor do Departamento de Psicanálise e Psicopatologia do Instituto de Psicologia/UFRGS. Professor do PPG em Psicanálise: Clínica e Cultura / UFRGS.

Roberto Henrique Amorim de Medeiros, UFRGS

Professor Doutor do Bacharelado e Pós-Graduação em Saúde Coletiva/UFRGS.

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Publicado

2018-12-21

Edição

Seção

Artigos / Articles / Artículos