Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente

Autores

  • Perla Klautau Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Monah Winograd PUC-Rio
  • Flavia Sollero-de-Campos PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9523.2016V22N3P613

Palavras-chave:

trauma, neurose traumática, sofrimento narcísico-identitário, compulsão à repetição.

Resumo

A partir do atendimento psicanalítico de pacientes portadores de lesões cerebrais, foi possível formular a hipótese de que, em muitos casos, o quadro psicopatológico que se instala após a percepção e a experiência das sequelas de adoecimentos neurológicos pode ser localizado em algum ponto entre a neurose traumática e as patologias narcísico-identitárias. Para fundamentar e ilustrar o desenvolvimento teórico dessa hipótese, apresentaremos um caso clínico no qual a compulsão à repetição é convocada como mecanismo de defesa: a experiência subjetiva de adoecimento neurológico é vivida como um golpe traumático que divide a vida entre um antes e um depois. A consequência disso é que os recursos para a elaboração psíquica são roubados, criando ou intensificando zonas psíquicas não integradas. Desse modo, é instalada uma temporalidade baseada em um presente permanente, isto é, num tempo que não fica para trás e tampouco fornece uma abertura para o que está por vir. 

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Biografia do Autor

Perla Klautau, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Psicanalista, membro efetivo do CPRJ, Pós-doutoranda em Psicologia Clínica PUC-Rio

Monah Winograd, PUC-Rio

Psicanalista, Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio

Flavia Sollero-de-Campos, PUC-Rio

Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio

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Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

Artigos / Articles / Artículos