Educação: do Humanismo até a Revolução Francesa
Palavras-chave:
Intelectualização. Educação de qualidade. Sociedade ideal. Educação Institucionalizada.Resumo
O presente ensaio faz uma contextualização histórica dessa fase da educação e intelectualização europeia e apresenta principalmente a problematização ocorrida devido ao fato de que toda a efervescência cultural não veio a sistematizar o conhecimento, nem tampouco, a educação de qualidade e igualitária foi levada aos homens com condições financeiras desfavoráveis. Por causa disso, somente a aristocracia alcançou o refinamento erudito pregado por Erasmo de Roterdam e, por não ser observada a simplicidade defendida por esse mesmo autor, a opulência foi uma das causas da degradação moral do homem da época. Surgiu um conceito, defendido por Rousseau, de uma sociedade ideal. Nessa sociedade utópica, a educação institucionalizada seria o sustentáculo de formação do homem inteiramente novo, que naturalmente atuaria no meio social. Porém, durante a Revolução Francesa, podemos observar o início da educação pública, laica e obrigatória que tinha por objetivo principal a reformulação do homem, coeso com o Estado e a sociedade. Para a consecução deste trabalho, foram consultadas fontes como: Ensaios de Montaigne; Gargântua e Pantagruel, de Rabelais; Discurso do Método: Meditações de Descartes; Emílio ou Da Educação, de Rousseau. Com relação às referências bibliográficas, foram usadas obras clássicas sobre o tema, como: Boto (1996), Burke (2003), Eby (1962), Larroyo (1974), Lawrence (1974), Leif e Rustin (1960) e Luzuriaga (1985). Com o estudo dessas referências imprescindíveis, pudemos perceber o grande valor dado ao lema: liberdade, igualdade e fraternidade usadas na época, entretanto na realidade, o lema, não foi adotado na totalidade.
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Referências
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