As descontinuidades da Educação: análise das constituições outorgadas dos séculos XIX e XX

Autores

Palavras-chave:

Constituição. História da Educação. Exclusão.

Resumo

O presente artigo trata da apresentação do estudo realizado acerca dos aspectos históricos que perpassaram o processo de universalização da educação pública (educação básica). Para tanto, recorreu-se a investigação analítica sobre a historicidade das Constituições de 1824, 1937 e 1967, por meio de autores como Cury (2014), Fávero (2001), Horta (2001), entre outros. Conclui-se que a educação brasileira foi calcada entre disputas sociais e econômicas em desenvolvimento, o que provocou a formulação sem a inclusão dos negros (e, consequentemente, de seus descendentes) e das mulheres. Quando estas finalmente tiveram acesso à escola, foram atingidas por um cenário de sucateamento escolar, consequência da falta de investimentos satisfatórios. Este estudo explica como  a educação foi erigida sob o preceito da exclusão, numa nação que se dizia democrática, visto que as Constituições apresentadas resguardavam o direito à educação para todos os cidadãos; porém, não especificavam quem era reconhecido como tal.  

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Biografia do Autor

Aline Cristina Miranda, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Graduada em Pedagogia pela (PUC Minas).

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Publicado

2019-12-07