PAISAGENS DO FIM:

a Educação Ambiental em exemplos selecionados do Grindcore belo-horizontino

Resumo

O presente trabalho articula acepções das ditas "ecologias menores" com sua "paisagem sonora" resultante, colocando em evidência a efemeridade da vida humana a partir do subgênero de música extrema chamado Grindcore. Trata-se de uma abordagem (anti)musical que se vincula com o anarquismo e posicionamentos libertários que revelam uma miríade de possibilidades de educação ambiental fora do escopo parametrizado pelo Estado, pelo ecocapitalismo ou mesmo por correntes paradigmáticas da academia. A visão crítica e, por vezes, niilista do Grindcore seria então capaz de catalisar a insatisfação com o mundo e reluzir aspectos da relação homem e meio ambiente que são pouco usuais nas mídias institucionalizadas. Aplicando estes preceitos à cena Grindcore belo-horizontina, com suporte do portal Encyclopaedia Metallum, são elencadas algumas evidências, via letras das músicas e capas dos álbuns, de como o subgênero anuncia cataclismas em uma escala global, como a guerra nuclear e situações pós-apocalípticas, enquanto, também, reflete sobre suas implicações em Minas Gerais ou na própria capital mineira.