O Comício da Central: o Rio e as reformas de Jango (The Central Station Rally: Rio and Jango’s reforms) - DOI: 10.5752/P.2237-8871.2014v15n22p10

Demian Bezerra de Melo

doi:10.5752/P.2237-8871.2014v15n22p10

Demian Bezerra de Melo Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre os Militares na Política (LEMP) da UFRJ.

DOI: https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2014v15n22p10

Palavras-chave: Comício da Central, João Goulart, Reformas de base.

Resumo

Entre os momentos mais dramáticos da crise que atravessou o governo nacional-reformista de João Goulart (1961-1964), situa-se o Comício da Central, realizado no Rio de Janeiro em 13 de março de 1964. Na origem do episódio, houve articulações entre Goulart e o movimento sindical na promoção de uma série de reuniões públicas para pressionar o Congresso a aprovar as chamadas reformas de base. O propósito deste trabalho é reconstituir o cotidiano do Rio, capital do país até 1960, focalizando o impacto do comício ocorrido na Central do Brasil para a cidade a partir dos conflitos e mobilizações que marcaram aquele momento da vida nacional.

Abstract

Among one of the most dramatic moments of crisis that the national-reformist government of João Goulart (1961-1964) underwent, the March 13th, 1964 demonstration, known as the “Central Station rally”, is the subject of this article, which focuses also on the impact of the episode in the city of Rio de Janeiro. The articulation between Goulart and the labor movement to promote a series of demonstrations to put pressure on Congress to approve the so-called basic reforms led to the speech in Rio’s Central Station. The purpose here is to revisit that scenario, retracing the daily life of the city from the conflicts and protests that defined that critical moment in Brazilian national life.

Keywords: Central Station rally; João Goulart; Basic reforms.

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Biografia do Autor

Demian Bezerra de Melo, Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre os Militares na Política (LEMP) da UFRJ.

Bacharel em História pela UFRJ (2005), mestre (2009) e doutor (2013) pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH-UFF), foi Prof. Substituto do Instituto de História da UFRJ entre 2012 e 2013, onde lecionou as disciplinas "História Econômica, Social e Política do Brasil II", "História da América Contemporânea" e "História do Brasil Contemporâneo" para, respectivamente, os cursos de Ciências Sociais, Relações Internacionais e História. Em sua tese, desenvolveu pesquisa sobre o movimento sindical e o governo João Goulart (1961-1964), e como parte de um estágio docente do curso de doutorado, no segundo semestre letivo de 2010 lecionou a disciplina "História do sindicalismo: historiografia e questões teórico-metodológicas", no curso de graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF). É autor e organizador do livro "A miséria da historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo" (Rio de Janeiro: Consequência, 2014). Suas principais áreas de interesse são: História Contemporânea, História da América Contemporânea, História do Brasil Republicano, Teoria da História, História Social do Trabalho e do Pensamento Socialista.

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