ACHILLE MBEMBE E A NOÇÃO DE NECROPOLÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2020v11n22p558-572Palavras-chave:
Necropolítica. Biopoder. Soberania. Estado de exceção.Resumo
Este artigo enfoca a noção de necropolítica, a partir do ensaio Necropolítica – Biopoder, soberania, Estado de exceção, política da morte, de Achille Mbembe. Nele, o filósofo, camaronês, demonstra a influência decisiva dessa ideia na reconfiguração das relações entre resistência, sacrifício e terror. Necropolítica trata-se da subjugação da vida ao poder da morte. O poder político hoje cuida não só de medidas sobre como a vida deverá ser gerida, mas também se encarrega de fazer a gestão sobre como morrer e sobre quem deve morrer. Assim, o risco da morte torna-se presente o tempo todo. E essa é marca central da necropolítica. Enfatizou-se neste artigo, algumas das topografias sublinhadas por Achille Mbeme, tais como o sistema de plantation e colônia, as quais são marcadas por uma extrema crueldade. Nesse contexto, de apropriação da morte pelo poder político, o conceito de biopolítica mostra-se incapaz de explicar as tecnologias atuais de submissão da vida ao poder da morte. Por fim, verifica-se que a reflexão sobre a necropolítica traz o desafio de impedir que o Estado continue fazendo a gestão da morte.
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