ACHILLE MBEMBE E A NOÇÃO DE NECROPOLÍTICA

Autores

  • Valéria Lima Bontempo Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2020v11n22p558-572

Palavras-chave:

Necropolítica. Biopoder. Soberania. Estado de exceção.

Resumo

Este artigo enfoca a noção de necropolítica, a partir do ensaio Necropolítica – Biopoder, soberania, Estado de exceção, política da morte, de Achille Mbembe. Nele, o filósofo, camaronês, demonstra a influência decisiva dessa ideia  na reconfiguração das relações entre resistência, sacrifício e terror. Necropolítica  trata-se da subjugação da vida ao poder da morte.  O poder político hoje cuida não só de medidas sobre como a vida deverá ser gerida, mas também se encarrega de fazer a gestão sobre como morrer e sobre quem deve morrer. Assim,  o risco da morte torna-se presente o tempo todo. E essa é marca central da necropolítica.  Enfatizou-se neste artigo,  algumas das topografias sublinhadas por Achille Mbeme, tais como o sistema de plantation e colônia, as quais são marcadas por uma extrema crueldade. Nesse contexto, de apropriação da morte pelo poder político, o conceito  de biopolítica  mostra-se incapaz de explicar as  tecnologias atuais de submissão da vida ao poder da  morte. Por fim, verifica-se que a reflexão sobre  a necropolítica traz o desafio de impedir que o Estado continue fazendo a gestão da morte.

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Biografia do Autor

Valéria Lima Bontempo, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Professora de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

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Publicado

2020-12-22

Como Citar

Bontempo, V. L. (2020). ACHILLE MBEMBE E A NOÇÃO DE NECROPOLÍTICA. Sapere Aude, 11(22), 558–572. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2020v11n22p558-572

Edição

Seção

ARTIGOS/ARTICLES: TEMÁTICA LIVRE/FREE SUBJECT