A CRÍTICA À OBJETIFICAÇÃO FEMININA EM VOLVER: UM DIÁLOGO ENTRE FILOSOFIA E CINEMA
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2021v12n23p186-205Palavras-chave:
Beauvoir. Almodóvar. Existencialismo. Imanência. Objetificação feminina.Resumo
Este artigo desenvolve uma análise detida do longa-metragem Volver, do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, focando em aspectos que retratam a situação da mulher como Outro e sua objetificação. Para isso, serão mobilizados conceitos presentes na obra O Segundo Sexo, da filósofa existencialista Simone de Beauvoir, os quais servirão de suporte para que se possa realizar um diagnóstico dos mitos opressores que encarceram a mulher em sua imanência. Neste sentido, serão identificadas e examinadas personagens e cenas pontuais, ao longo da trama, em especial da parte introdutória do filme, quando as mulheres ainda se apresentam como mera condição imagética para a ação dos homens. Como instrumento de interlocução, nessa interface entre filosofia e cinema, será utilizada a noção de conceito-imagem, do filósofo argentino Julio Cabrera, o qual defende que, ao provocar a dimensão afetiva (pathos) do espectador, o cinema desperta sua cognição (logos), problematizando questões e chamando o espectador à reflexão sobre assuntos que, no caso em tela, envolvem a condição feminina e sua afirmação como Sujeito, tema caro a Beauvoir.
PALAVRAS-CHAVE: Beauvoir. Almodóvar. Existencialismo. Imanência. Objetificação feminina.
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