PRESSUPOSTOS ONTOLÓGICOS DA HISTORICIDADE HUMANA NO PENSAMENTO DE KARL MARX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p1006-1019

Palavras-chave:

Homem, Natureza, Atividade produtiva, Sociabilidade, História

Resumo

Desde a sua tese de doutoramento Karl Marx já demonstra a necessidade de se relacionar filosofia e mundo empírico rejeitando qualquer concepção de um finalismo na história que não seja decorrente da atividade humana.  Para Marx, a história é resultante do pensamento e das ações dos homens na sua relação com a natureza, por meio do trabalho, e nas relações sociais dos homens entre si, por meio da sua sociabilidade. Tomando essa problemática o artigo em pauta objetiva demonstrar os pressupostos ontológicos da historicidade humana no pensamento de Marx, evidenciando o caráter materialista e social da sua concepção de história. Destacamos que, apesar de essa concepção  estar delineada em vários dos seus escritos, tomaremos, neste artigo, centralmente a sua obra Manuscritos econômico-filosóficos, na qual ele já anuncia uma ontologia do novo tipo: a ontologia do homem enquanto ser social. Em conclusão afirmamos que os estudo de Marx sobre os problemas da economia política, simultâneo à sua crítica ao idealismo alemão, proporcionaram elementos para a elaboração das suas concepções ontológicas do homem enquanto ser social. Esses são os pressupostos ontológicos da historicidade humana a partir dos quais Marx elabora as teses fundamentais do seu materialismo histórico-dialético.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adauto Lopes Silva Filho, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Educação, Mestre em Filosofia, Graduado em Filosofia. Professor Associado da Universidade Federal do Ceará (UFC). Membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e do Programa de Pós-Graduaçao em Educação  da UFC. E-mail: adautoufcfilosofia@gmail.com 

Referências

LOPES, Fátima Maria Nobre; SILVA FILHO, Adauto Lopes. Nova Gazeta Renana: A política em sua dimensão negativa no pensamento de Marx, In: Sapere Aude. Belo Horizonte, v. 9, nº18, p. 142-160, jul./Dez. 2018 –ISSN: 2177-634. Disponível em https://periodicos.pucminas.br/index.php/SapereAude/article/view/18816/14160

LUKÁCS, György. Prolegomeni all'ontologia dell'essere sociale: questioni di princípio de un'ontologia oggi divenuta possibile. Tradução de Alberto Scarponi. Milano: Guerini e Associatti, 1990.

MARX, Karl. Diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro (1841). Tradução de Conceição Jandim e Eduardo Lucio Nogueira. Lisboa: Editorial Presença, 1972.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos (1844). Tradução de Artur Mourão. Lisboa: Edições 70, 1989.

MARX, Karl. Miséria da filosofia (1847). Tradução de José Paulo Neto. São Paulo: Livraria e Ciências Humanas Ltda, 1982.

MARX, Karl. Teses sobre Feuerbach. In: MARX, Karl; ENGELS, F. A ideologia alemã (1847). Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. 43. ed. São Paulo: HUCITEC, 1984. p. 125-128.

MARX, K.; ENGELS, F. A sagrada família (1844). Tradução de Fiama Hasse et al. 2. ed. Lisboa: Martins Fontes, 1974.

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã (1847). Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. 43. ed. São Paulo: HUCITEC, 1984.

OLIVEIRA, Manfredo. Ética e sociabilidade. São Paulo: Loyola, 1993.

SILVA FILHO, Adauto Lopes; LOPES, Fátima Maria Nobre. Crítica de Marx à metafísica da economia política. In: Revista Griot, v.18, n.2, p.271-280, dezembro, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/879/591

SILVEIRA, Paulo. Da alienação ao fetichismo: formas de subjetivação e de objetivação. In: SILVEIRA, Paulo. Elementos para uma teoria marxista da subjetividade. São Paulo: Vértice, 1989. v. 4. p. 41-76.

Downloads

Publicado

2024-12-25

Como Citar

Silva Filho, A. L. (2024). PRESSUPOSTOS ONTOLÓGICOS DA HISTORICIDADE HUMANA NO PENSAMENTO DE KARL MARX. Sapere Aude, 15(30), 1006–1019. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p1006-1019