PIERRE HADOT E MICHEL FOUCAULT: SOBRE A FELICIDADE ESTOICA E A EXPERIÊNCIA DA ALEGRIA
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2016v7n13p228Palabras clave:
Hadot, Foucault, Prazer, Alegria, Felicidade.Resumen
Conforme Hadot, Foucault teria transformado a moral estoica em uma ética que busca o prazer em si mesmo, já que, erroneamente, conceberia a felicidade como um estado de puro deleite corpóreo e psíquico. Hadot afirma que para os estoicos a busca pela felicidade é incondicional e a tranquilidade d’alma deve ser compreendida como um estado imperturbável no qual o si mesmo se encontra despojado de qualquer tipo de sentimento, seja ele violento ou sereno. Diferentemente, Foucault concebe que o domínio de si corresponde à soberania exercida sobre si mesmo e está atrelada a uma satisfação que se tem consigo. O estado de ataraxia ou euthumía é interpretado por Foucault como uma forma outra de prazer, aquela que se opõe ao prazer violento, cuja origem não está em nós mesmos, mas nos objetos aos quais descontroladamente atribuímos valores morais. Foucault associa essa diferenciação entre o mau e o bom prazer respectivamente aos termos, encontrados em Sêneca, “voluptas” e “gaudium”. Todavia, Hadot entende que Foucault teria cometido um deslize ao interpretar a alegria ou o bom sentimento como outra forma de prazer, pois, de acordo com Hadot, nos estoicos a distinção entre prazer e alegria não corresponde a uma mera questão de vocabulário. Assim, neste texto se trata de recontextualizar a crítica que Hadot dirigiu às análises de Foucault acerca da terapia das paixões no estoicismo, através da problematização da maneira pela qual cada um dos autores compreende a relação entre a alegria e a tranquilidade d’alma.
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