SOGGETTIVITÀ, UMANO E TECNICHE DEL SÉ: L'ULTIMO FOUCAULT E IL SECONDO HEIDEGGER

Resumen

Em duas contribuições do “último” Foucault, a saber, o Curso ministrado ao Collège de France em 1982, A Hermenêutica do sujeito, e a última entrevista por ele concedida, Le retour de la morale, o filosofo francês atesta expressamente o papel fundamental desempenhado pela influência do pensamento de Heidegger ao longo da sua inteira elaboração filosófica. Os dois textos mencionados acima ressaltam, justamente, na ontologia heideggeriana uma das matrizes a partir das quais Foucault refletiu sobre a recíproca relação entre sujeito e verdade, por sua vez constitutiva da questão da subjetividade. Além deste grupo de textos há ainda outro texto-chave, constituído pela Introdução ao segundo volume da foucaultiana História da Sexualidade, O Uso dos Prazeres (1984): ao reconsiderar todo o seu itinerário filosófico, Foucault reinterpreta as suas investigações acerca dos “jogos de verdade”, isto é, das maneiras contingentes com as quais uma determinada subjetividade se forma e se capta em relação a determinadas praticas de veridiction, como uma série de problematizações através das quais <<o ser se dá como podendo e devendo ser pensado>>, retomando assim literalmente, na sua “história crítica do pensamento”, a instância fundada pelo Heidegger da “virada” de indagar a “historicidade do ser” nas maneiras com as quais este último se doa á interpretação do ente humano. Em conclusão, teremos fundamentado a tese pela qual é licito vislumbrar uma semelhança entre a “história do ser” esboçada por Heidegger depois de Ser e Tempo e a história foucaultiana dos jogos de verdade, mas ao mesmo tempo veremos como a tematização foucaultiana das “técnicas do si mesmo” acabe derrubando o sentido da estrutura ontológica heideggeriana. Palavras-chave: Foucault; Heidegger; história do ser; história crítica do pensamento; técnicas