Autoria e heterogeneidade em (dis)curso
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2020n37p66-82Palavras-chave:
Autor, Heterogeneidade, DiscursoResumo
A pergunta que inquieta pesquisadores de diversas áreas do conhecimento humano, sobretudo, aqueles que tomam a linguagem como objeto de estudo, é o que é um autor? Neste ensaio, além de retomar essa questão ainda levando outras como: se no baixo letramento não temos autoria, pois esta só apareceria no alto letramento, então essa figura seria uma construção limitada aos saberes? O que teríamos nos discursos fundadores cujos saberes não são aprendidos numa escola/universidade? Os religiosos, por exemplo, nos quais os sacerdotes recebem a revelação de uma experiência com o sagrado? Que tipo de trabalho um sujeito precisaria realizar com e na linguagem para alcançar a posição de autor? Se a linguagem é por natureza heterogênea é possível um sujeito se destacar no meio de tantos outros ao mobilizar diferentes discursos numa dada enunciação? Quais indícios nos permitiria eleger alguém como autor de alguma obra? A partir dessas inquietações, pretendo discorrer, neste ensaio, sobre a categoria autor, a qual gera polêmica na sociedade, seja por motivos jurídicos, nos quais ela aparece em oposição ao plágio ou como sinônimo de originalidade versus falseamento de trabalhos artísticos/textuais, ou por métodos teóricos metodológicos, em que se defende ou se recusa se ela é um fim em si mesma. Para entrar nesse campo, dialogo com Focault e Authier-Revuz; problematizo Barthes e Tfouni; e tomo alguns discursos atualizados em textos para demonstrar o trabalho que um sujeito discursivo desempenha ao constituir autor de algo e quais efeitos essa posição pode desencadear em compos discursivos distintos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
The author detains permission for reproduction of unpublished material or with reserved copyright and assumes the responsibility to answer for the reproduction rights.