Do eu-lírico à “Nossa voz”:

militância poética contra o colonialismo em Sangue negro, de Noémia de Sousa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2023n43p101-119

Palavras-chave:

Sangue Negro, Anticolonialismo, Nossa Voz

Resumo

Entre os anos de 1948 e 1951, Noémia de Sousa publica em periódicos, como o Brado Africano e Itinerário, os poemas que viriam a ser reunidos em Sangue negro, em 2001, pela Associação dos Escritores Moçambicanos (Aemo). No calor das agitações intelectuais e políticas efervescidas na Casa dos Estudantes do Império, a poética de Noémia de Sousa projeta uma voz coletiva contra o colonialismo em África. A partir desse aspecto de sua poesia, este artigo pretende analisar como o eu-lírico da autora alcança um “nós” coletivo e representativo para a luta anticolonial moçambicana e africana. Para tanto, serão o corpo do estudo os poemas “Nossa voz”; “Nossa irmã a lua”; “Súplica”; “Abri a porta, companheiros”; “Passe”; e “Justificação”, que integram a primeira seção do livro, intitulada “Nossa voz”. Consoante a isso, considera-se fundamental a reflexão sobre o movimento político-literário (SECCO, 2011) da poética de Sousa, o qual reverbera nos ideais dos movimentos de libertação pela independência no continente africano.
Palavras-chave: Sangue negro; anticolonialismo; “Nossa voz”.

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Biografia do Autor

Samuel Maciel Martins, Universidade Estadual do Ceará

Graduado em Letras – Língua Portuguesa (UECE/FECLESC), especialista em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (UNILAB) e mestre em História e Letras (MIHL/UECE). Além disso, é escritor, pesquisador, produtor cultural e professor de língua portuguesa da educação básica.

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Publicado

2023-12-06

Como Citar

Martins, S. M. (2023). Do eu-lírico à “Nossa voz”: : militância poética contra o colonialismo em Sangue negro, de Noémia de Sousa. Cadernos CESPUC De Pesquisa Série Ensaios, (43), 101–119. https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2023n43p101-119

Edição

Seção

Dossiê temático: Crises, nós, fronteiras