Teoria geral do esquecimento, de José Eduardo Agualusa:
um diálogo entre ficção e História
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2023n43p166-180Palavras-chave:
literatura, história, memóriaResumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a obra Teoria geral do esquecimento a partir da interseção de fronteiras entre história e ficção, já que a trama se desenvolve em Angola, durante duas longas guerras e outros conflitos importantes para esse país. Por tal motivo, refletirá acerca das diferenças existentes entre o que narra a ficção e os livros de historiografia, pois há eventos históricos de grande relevância para as trajetórias das personagens, por nelas interferirem positiva ou negativamente e aos quais o autor faz menção e/ou ficcionaliza. Por tudo isso, podemos dizer que Agualusa revisita o passado e flerta com o real enquanto cria sua obra, e esse processo de reescrever a história da nação por meio da ficção aponta naturalmente para um papel de afirmação cultural que a literatura foi chamada a desempenhar. É necessário ressaltar que boa parte da história angolana se encontra numa espécie de caixa-preta ainda não aberta e, por tal razão, uma das alternativas encontradas a fim de problematizar a história foi a via do romance, onde vamos nos deparar com os caminhos da memória e perceber que mecanismos são acionados com o objetivo de resgatar o ora enfumaçado trajeto de alguns países africanos. Para tanto, tomaremos como referência teórica autores como Linda Hutcheon, Rita Chaves e Maria Teresa Salgado, entre outros.
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