A busca por seu igual: As alianças étnicas da diáspora atlântica nos espaços do casamento católico na Paróquia do Pilar. (São João del-Rei, séculos XVIII e XIX):
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2018v19n31p11Palavras-chave:
diáspora atlântica, endogamia cultural, casamento escravoResumo
O artigo analisa o papel das estratégias matrimoniais como instrumento de fronteirização cultural na diáspora atlântica, buscado por estrangeiros para o fortalecimento de suas afinidades culturais construídas no contexto da pós-travessia. No primeiro momento, analisamos as imposições demográficas colocadas pela participação da Freguesia no tráfico de escravos, para, em seguida, investigarmos a confluência da distribuição étnica no processo de seletividade matrimonial produzido por estrangeiros e insiders (escravos nascidos no Brasil). Para este fim utilizamos as fontes seriais, como os assentos de óbitos e de casamentos alocados na Freguesia do Pilar de São João del-Rei (MG).
Palavras-chave: diáspora atlântica, endogamia cultural, casamento escravo.
Downloads
Referências
Referências:
Fontes Primárias:
Arquivo da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de São João del-Rei (AMNSP-SJDR)
Livros de Registros Paroquiais de Casamento (nº de 1 a 11, 1730-1868)
Livros Paroquiais de Registros de Óbitos (1782-1850)
BENCI, Jorge. Economia Cristã dos senhores no governo dos escravos. São Paulo: Grijalbo, 1977, (1ª Ed. 1705).
VIDE, D. Sebastião Monteiro da. Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia feitas e ordenados pelo Ilustríssimo e reverendíssimo senhor D. Sebastião Monteiro da Vide 5º Arcebispo e do Conselho de Sua Majestade. Proposta e aceita em Sínodo Diocesano, que o dito senhor celebrou em 12 de junho de 1707. 1ª Ed. Lisboa 1719 e Coimbra 1720. São Paulo: Typografia 2 de dezembro de Antônio Louzada Antunes, 1853.
Fontes Secundárias:
ALMEIDA, C. M. De Vila Rica ao Rio das Mortes: mudança do eixo econômico em Minas colonial. Locus (Juiz de Fora), v. 11. Ano 2006, pp. 137-160.
ANDRADE, Marcos Ferreira de. Rebeldia e Resistência: as revoltas escravas na Província de Minas Gerais. (1831-1840). Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado em História: UFMG, 1996.
_________________________. Família, fortuna e poder no Império do Brasil. Minas Gerais. Campanha da Princesa, (1799-1850). Niterói: Tese de Doutorado em História: UFF, 2005.
ANDRADE, Rômulo. Garcia de. Casamento entre escravos na região cafeeira de Minas Gerais. In: Revista da Universidade Rural – Série Ciências Humanas. V. 22, número 2, jul./ dez. 2002, 177-197.
BARTH, F. O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Tomke Lask (org.) Rio de Janeiro: Contra Capa, 2000.
BERGAD, Lair. Escravidão e História Econômica. Demografia de Minas Gerais. 1720-1888. Bauru: EDUSC, 2004.
BOTELHO, Tarcísio. Famílias e escravarias: demografia e família escrava no Norte de Minas Gerais no século XIX. Dissertação de Mestrado em História. São Paulo: USP, 1994.
BRÜGGER, S. “Legitimidade e Comportamentos Conjugais: São João del-Rei, séculos XVIII e primeira metade do XIX.” In: XII Encontro de Estudos Populacionais da ABEP, 2000, Caxambú. Anais do XII Encontro de Estudos Populacionais da ABEP, 2000, p. 7-11.
__________ & OLIVEIRA, A. “Os Benguelas de São João Del Rei: tráfico- atlântico, religiosidade e identidades étnicas. (Séculos XVIII e XIX).” In: Revista Tempo, v. 13, nº 26, Niterói-RJ, 2009.
CHARTIER, R. História Cultural: Entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 2002.
CONRAD, Robert Edgar. Tumbeiros. O tráfico de escravos para o Brasil. São Paulo Brasiliense, 1985.
DELFINO, L. L. A família negra na Freguesia de São Bom Jesus dos Mártires: incursões em uma demografia da escravidão no sul de Minas (1810-1873). Dissertação de Mestrado em História. Juiz de Fora: UFJF, 2010.
ELIAS, N. & SCOTSON, J. Os Estabelecidos e os Outsiders. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
FARIA, Sheila de Castro. A colônia em movimento: fortuna e famílias no cotidiano colonial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
_____________________. Sinhás Pretas, Damas Mercadoras: as pretas minas nas cidades do Rio de Janeiro e de São João del-Rei (1700-1850). Tese para concurso de Professor Titular em História do Brasil. Niterói, UFF, 2004.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. 2 vol. São Paulo: Dominius/Edusp, 1965.
FIGUEIREDO, Luciano. Barrocas Famílias: Vida familiar em Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: Hucitec, 1997.
_________________. O Avesso da Memória: Cotidiano e trabalho da mulher em Minas Gerais no século XVIII. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.
FRAGOSO, J. L. & FERREIRA R. G. “Alegrias e artimanhas de uma fonte seriada. Os códices 390, 421, 424 e 425: despachos de escravos e passaportes da Intendência de Polícia da Corte, 1819-1833”. In: BOTELHO, Tarcísio R. (Org.) História Quantitativa e Serial: um balanço. Belo Horizonte: ANPUH-MG, 2001.
GONÇALVES, Andréa Lisly. As Margens da Liberdade. Estudo sobre a prática das alforrias em Minas colonial e provincial. Belo Horizonte: Editora Fino Traço, 2011.
KARASCH, Mary C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro 1808-1850. São Paulo, Companhia das Letras, 2000.
LENHARO, Alcir. Tropas da moderação. O abastecimento da Corte na formação política do Brasil (1808- 1842). São Paulo: Símbolo, 1979.
LEVI, G. Herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
LIBBY, Douglas Cole. Transformação e trabalho em uma economia escravista: Minas Gerais no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1988.
________________. “Minas na Mira dos Brasilianistas: reflexões sobre os trabalhos de Higgins e Bergad.” In: BOTELHO, Tarcísio R. (Org.) História Quantitativa e Serial: um balanço. Belo Horizonte: ANPUH-MG, 2001, p. 279-304.
LOTT, Mirian Moura. Na forma do ritual romano: casamento e família em Vila Rica. São Paulo: Annablume, Belo Horizonte: PPGH/ UFMG (Coleção Olhares), 2008.
MATTOS de CASTRO, Hebe Maria. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
MELLO e SOUZA, Laura. Norma e Conflito: Aspectos de Minas Gerais no século XVIII. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
MOTTA, José Flávio. Corpos escravos, vontades livres: estrutura de posses de cativos e família escrava em núcleo cafeeiro (Bananal, 1801- 1829). Tese de doutorado em economia, USP, 1990.
OLIVEIRA, Mônica, Ribeiro. Negócios de Família: mercado, Terra e poder na formação da cafeicultura mineira- 1780-1870. Bauru/ SP: EDUSC; Juiz de Fora, MG: FUNALFA, 2005.
PAIVA, E. F. “Coartações e alforrias nas Minas do século VIII: as possibilidades de libertação escrava no principal centro colonial.”. In.: Revista de História, Nº 133, 2º Semestre de 2005, FFLCH-USP, 1995, p. 49-57.
PASCOAL, Isaías. A economia agrária e poder político no Sul de Minas: formação de uma identidade política conservadora na primeira metade do século XIX. Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais. IFCH: UNICAMP, 2000.
______________, Reprodução e força de trabalho no Sul de Minas - século XIX - no contexto de uma formação econômica não exportadora. Tese de Doutorado em Ciências Sociais, IFCH: UNICAMP, 2005.
PINTO, F. C. V. Família escrava em São José del-Rei: aspectos demográficos e identitários (1830-1850). Dissertação de Mestrado em História. São João del-Rei- MG: UFSJ, 2010.
RAMOS, Donald. “A estrutura demográfica de Vila Rica às vésperas da Inconfidência”. Anuário do Museu da Inconfidência, Vol. V, 1998, pp. 41-58.
ROCHA, C. M. Histórias de famílias escravas. Campinas: Ed. Unicamp, 2004.
RODRIGUES, J. L. Serra dos Pretos: Trajetórias de famílias entre o cativeiro e a liberdade no Sul de Minas (1811-1960). Dissertação de Mestrado em História. São João del-Rei – MG: UFSJ, 2013.
SAMARA, Eni de Mesquita. A família brasileira. São Paulo: Brasiliense, 2004.
TEIXEIRA, Maria Lúcia Rezende Chaves. Família escrava e riqueza na Comarca do Rio das Mortes. O Distrito de Lage e o Quarteirão do Mosquito. São Paulo: Annablume, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:
A inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.
Todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença creative commons do tipo "by-nc-nd/4.0".