O anticolonialismo como tragédia: “Os jacobinos negros” entre a História e a política
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2018v19n30p95-122Palavras-chave:
C. L. R. James, pan-africanismo, anticolonialismo, revolução haitiana.Resumo
Este artigo consiste na análise da obra Os jacobinos negros, publicada em 1938 pelo historiador trinitino C. L. R. James. A obra aborda a Revolução de São Domingos, uma rebelião de escravos entre os anos de 1791 e 1804 que culminou na abolição da escravidão e na independência do Haiti. Analisando os argumentos do livro em comparação com outros ensaios políticos do autor no mesmo período, pretendo evidenciar como, por meio de Os jacobinos negros, James pretendia não apenas oferecer uma análise historiográfica da revolução, como também apresentar esse processo histórico como ponto de referência para refletir sobre o movimento pan-africanista de sua época e acerca do prospecto das independências das colônias europeias na África. Sugiro pensar a caracterização feita por James de Toussaint L’Ouverture (o mais destacado líder da Revolução de São Domingos) como a de um herói trágico, pois, ao mesmo tempo em que evidencia os traços de uma narratividade eurocêntrica no projeto pan-africanista do autor, também propicia um ponto de fuga a fim de refletir sobre os limites desse projeto.
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