Da mais vibrante à mais temida: cooperação, respeito, virilidade e violência na história da Torcida Uniformizada do Palmeiras e da Mancha Verde (1971 – 1995)
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2021v22n37p33-52Palabras clave:
Futebol, Torcida Organizada, Torcedores, Palmeiras, Mancha VerdeResumen
O movimento das torcidas organizadas, institucionalizado em São Paulo a partir de 1969, tornou-se uma marca nos estádios ao alterar muitos elementos da cultura torcedora. O objetivo deste estudo é apresentar a trajetória das duas principais entidades de torcedores do Palmeiras: a TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras), criada em 1970, e que congregou a maioria dos torcedores organizados alviverdes até metade da década seguinte, e a Mancha Verde, que concentrou a maioria dos torcedores palmeirenses a partir dos anos 1990. A análise baseada em entrevistas de líderes das torcidas, nos jornais o Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e na revista Placar, busca refletir quais as imagens que as próprias entidades cultivaram de si próprias; as relações de cooperação recorrentes ao universo torcedor da década de 1970 e os crescentes enfrentamentos entre torcidas durante a década de 1980 e início dos anos 1990. As mudanças ocorridas ao longo de todo o período nos permitiram fazer uma análise das concepções de virilidade e do conceito nativo de respeito, bem como visualizar a relação entre o aumento no número de homicídios e crimes violentos em São Paulo e as relações crescentemente violentas entre os torcedores na cidade.
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