Itinerários de Minas: representação espacial e visão corográfica na obra de Raimundo José da Cunha Matos
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2016v17n27p311Palavras-chave:
Representação espacial. Olhar corográfico. Política imperial.Resumo
Este artigo trata das representações espaciais do Império brasileiro feitas sob a perspectiva do olhar corográfico. Por meio da análise de algumas obras de Raimundo José da Cunha Matos, militar expedicionário que descreveu as paisagens de Minas Gerais entre os anos 1830 e 1850, buscamos analisar como diferentes transformações no mosaico imperial influíram na maneira de se enxergar o território e distinguir suas partes. Ao final dessa exposição, a ideia principal que se esboça é a de que conhecimento sobre o território é, indissociavelmente, produção dele mesmo.
Downloads
Referências
Fontes primárias
MATOS, Raimundo José da Cunha. Nova questão política: que vantagens resultarão aos reinos do Brasil e de Portugal se conservarem huma união sincera, pacífica e leal? Rio de Janeiro: Typ. do Diário, 1822.
MATOS, Raimundo José da Cunha. Corografia Histórica da Província de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981.
MATOS, Raimundo José da Cunha. Itinerário do Rio de Janeiro ao Pará e Maranhão, pelas províncias de Minas Gerais e Goiás. Belo Horizonte: Instituto Cultural Amílcar Martins, 2004.
Fontes secundárias
AMADO, Janaína. Região, sertão, nação. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 8, n. 15, p. 145-151, 1995.
ARRUDA, Maria Aparecida do Nascimento. Mitologia da Mineiridade. São Paulo: Brasiliense, 1999.
BARROS, José D’Assunção. História, espaço e tempo: interações necessárias. Varia História, Belo Horizonte, v. 22, n. 36, p. 460-476, jul./dez. 2006.
BOURDIEU, Pierre. A identidade e a representação. Elementos para uma reflexão crítica sobre a ideia de região. In: BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. p. 107-132.
CHARTIER, Roger. O Mundo como representação. Estudos Avançados, São Paulo, v. 11, n. 5, p. 173-191, 1991.
CLAVAL, Paul. Orientar-se e reconhecer-se. Marcar, recortar, institucionalizar e apropriar-se do espaço. In: CLAVAL, Paul. A Geografia Cultural. Florianópolis: Ed. UFSC, 1999. p. 189-218.
COSGROVE, Denis. Prospect, perspective and the revolution of landscape idea. Transactions of the Institute of British Geographers, v. 10, n. 1, p. 45-62, 1985.
DOLHNIKOFF, Miriam. Elites regionais e a construção do Estado Nacional. In: JANCSÓ, Istvan (Org.). Brasil: formação do Estado e da Nação. São Paulo: Hucitec, 2004.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Uma história dos costumes. vol. 1. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
GILLINGS, Mark. Chorography, Phenomenology and the Antiquarian Tradition. Cambridge Archaelogical Journal, Cambridge, v. 21, n. 1, p. 53-63, 2010.
GODOY, Marcelo Magalhães. Intrépidos viajantes e a construção do espaço: uma proposta de regionalização para as Minas Gerais do século XIX. Belo Horizonte: Ed. UFMG/Cedeplar, 1996.
GRAÇA FILHO, Afonso de Alencastro. Andanças de um militar português pelos sertões do Brasil (1823-1826). In: MATOS, Raimundo José da Cunha. Itinerário do Rio de Janeiro ao Pará e Maranhão, pelas províncias de Minas Gerais e Goiás. Belo Horizonte: Instituto Cultural Amílcar Martins, 2004. p. XI-XXIV.
KODAMA, Kaori. Itinerários, corografias e escritas da história: as viagens e os registros de Raimundo José da Cunha Matos no Império do Brasil. Escritos II – Revista da Casa Ruy Barbosa, Rio de Janeiro, Ano 2, n. 2, p. 373-395, 2008. Disponível em: . Acesso em: 06 jun. 2015.
MURARI, Luciana. Natureza e cultura no Brasil. São Paulo: Alameda, 2009.
RAFFESTIN, Claude. Paysage et territorialité. Cahiers de Géographie du Québec, Québec, v. 21, n. 53-54, p. 123-134, 1977.
SÜSSEKIND, Flora. O Brasil não é longe daqui: o narrador, a viagem. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1985.
VIEIRA, Martha Victor. Cunha Matos: entre a pena e a espada. Fênix Revista de História e Estudos Culturais, Uberlândia, v. 7, n. 1, p. 1-15, jan./fev. 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:
A inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.
Todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença creative commons do tipo "by-nc-nd/4.0".