Vivências quotidianas na rua: os costumes e foros na Idade Média portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2017v18n28p49Palavras-chave:
Portugal, Costumes e Foros, Século XIII, Idade Média, Ruas.Resumo
Neste trabalho, pretendemos analisar as ruas e as vivências quotidianas nos concelhos medievais portugueses (Alfaiates, Castelo Bom, Castelo Melhor, Castelo Rodrigo, Guarda, Santarém, Torres Novas, Évora e Beja), tendo como suporte os seus costumes e foros redigidos no século XIII. Utilizamos exclusivamente esta fonte jurídica de caráter local e consuetudinário porque nos oferece múltiplos campos de análise para o estudo das estruturas urbanas, tais como a rua, da sociedade municipal medieval e dos seus modos de vida. Para levar a cabo o nosso estudo, estabelecemos três pontos de análise diferentes, assentes na criminalidade urbana, fazendo uma apresentação dos delitos e conflitos, bem como das penas estipuladas. Em segundo lugar, refletiremos sobre as condições higiene e salubridade e, por fim, focaremos a atenção na economia desenvolvida, sobretudo pelos mesteirais e comerciantes nas ruas.Downloads
Referências
Fonte primária
BRANDÃO, Zeferino. Monumentos e Lendas de Santarém. Lisboa: David Corazzi – Editor, 1883.
Portvgaliae Monumenta Historica. Leges et Consuetudines. vol. I e II. Olisipone: IUSSU Academiae Seicentiarum Olisiponensis, MDCCCLVI, 1856.
RODRIGUES, Maria Celeste Matias. Dos Costumes de Santarém. 1992. (Mestrado em Linguística Portuguesa Histórica – A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Lisboa, 1992.
Fonte Secundária
ÁLVAREZ FERNÁNDEZ, María. Urbanismo medieval asturiano a fines de la Edad Media. Financiación y gestión del espacio público, entre la tradición medieval y la modernidad (Oviedo, Siglos XV-XVI). In: RIBEIRO, Maria do Carmo; MELO, Arnaldo Sousa (Org.). Evolução da Paisagem Urbana. Transformação morfológica dos tecidos históricos. Porto: Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória; Instituto de Estudos Medievais, 2013. p. 141-165.
BAZÁN DÍAZ, Iñaki. La violencia legal del sistema penal medieval ejercida contra las mujeres. Clio & Crimen. Revista del Centro de Historia del Crimen de Durango, Durango, n. 5, p. 203-227, 2008. Disponível em: <http://www.durango-udala.net/portalDurango/RecursosWeb/DOCUMENTOS/1/0_525_1.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2012.
BEIRANTE, Maria Ângela V. da Rocha. Santarém Medieval. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 1980.
BEIRANTE, Maria Ângela V. Évora na Idade Média. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian e Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, 1995.
BERNAL PEÑA, José. Golfines y asesinos. Elementos y motivaciones de las conductas violentas en Murcia durante el siglo XIV. MVRGETANA, Murcia, n. 35, p. 27-50, 2011.
BONACHÍA HERNANDO, Juan A. La ciudad en las Partidas: edificaciones y apostura urbana. In: RIBEIRO, Maria do Carmo; MELO, Arnaldo Sousa (Org.). Evolução da Paisagem Urbana. Transformação morfológica dos tecidos históricos. Porto: Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória; Instituto de Estudos Medievais, 2013. p. 91-117.
BRAGA, Isabel Drumond. Carne e peixe: uma hierarquia de consumos alimentares. In: BRAGA, Isabel Drumond; BRAGA, Paulo Drumond (Org.). Animais e Companhia na História de Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores, 2015. p. 43-44.
BUENO DOMÍNGUEZ, María Luísa. Contactos con la vida material en Zamora. Siglos XII-XV. Espacio, Tiempo y Forma (Serie III, Hª Medieval), Madrid, v. 18, p. 39-58, 2015.
CANTERA MONTENEGRO, Enrique. La carne y el pescado en el sistema alimentario judío en la España Medieval. Espacio, Tiempo y Forma (Serie III, Hª Medieval), Madrid, n. 16, p. 13-51, 2003. Disponível em: <http://e-spacio.uned.es/fez/eserv.php?pid=bibliuned:ETF366B37E9-B682-D954-BEFD-7F1F77C2556E&dsID=PDF>. Acesso em: 12 fev. 2011.
CARDOSO, Isabel Vaz de Freitas Botelho. Recolher obrigatório: uma imposição da noite medieval. Revista de Ciências Históricas, Porto, v. 13, p. 31-41, 1998.
CHUECA GOITIA, Fernando. Breve História do Urbanismo. Lisboa: Editorial Presença, 1996.
CINTRA, Luís Filipe Lindley. A linguagem dos Foros de Castelo Rodrigo e seu confronto com a dos Foros de Alfaiates, Castelo Bom, castelo Melhor, Coria, Cáceres e Usagre. Contribuição para o estudo do leonês e do galego-português do século XIII. Lisboa: Instituto Nacional Casa da Moeda, 1984.
CÓRDOBA LA LLAVE, Ricardo. El homicidio en Andalucía a fines de la Edad Media. Primera Parte. Estudio. Clio & Crimen. Revista del Centro de Historia del Crimen de Durango. (La represión de la disidencia religiosa: de la Inquisición Medieval a la Moderna), Durango, n. 2, p. 281-504, 2005. Disponível em: <http://www.durango-udala.net/portalDurango/RecursosWeb/DOCUMENTOS/1/0_455_1.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2007.
CÓRDOBA LA LLAVE, Ricardo. Consideraciones en torno al delito de agresión sexual en la Edad Media. Clio & Crimen. Revista del Centro de Historia del Crimen de Durango, Durango, n. 5, p. 187-202, 2005. Disponível em: <http://www.durango-udala.net/portalDurango/RecursosWeb/DOCUMENTOS/1/0_524_1.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2012.
DOMINGUES, José; PINTO, Pedro. Os foros extensos na Idade Média em Portugal. Revista de Estudios Histórico-Jurídicos, Valparaíso, n. 37, p. 153-174, 2015.
SILVA, Ferreira e. Notas para uma sociologia do direito. Lisboa: Livraria Morais, 1962.
GONZÁLEZ ARCE, José Damián. El artesanado en los Fueros del Reino de Murcia. Anuario de Estudios Medievales, Madrid, n. 25, p. 81-126, 1995.
GONÇALVES, Iria. Posturas municipais e vida urbana na Baixa Idade Média: o exemplo de Lisboa. In: GONÇALVES, Iria (Org.). Um olhar sobre a cidade medieval. Cascais: Patrimonia Histórica, 1996. p. 77-95.
HINOJOSA, Eduardo. El Elemento Germánico en el Derecho Español. Madrid: Junta para ampliación de Estudios e investigaciones científicas. Centro de Estudios Históricos, 1915.
LADERO QUESADA, Manuel Fernando. La vivienda. Espacio público y espacio privado en el paisaje urbano medieval. In: IGLEISA DUARTE, José Ignacio de la (Org.). En La vida cotidiana en la Edad Media. VIII Semana de Estudios Medievales. Nájera: Instituto de Estudios Riojanos, 1998, p. 111-128. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=563903>. Acesso em: 28 maio 2012.
LÓPEZ VILLALBA, José Miguel. Política local y abastecimiento urbano: el pescado en Guadalajara en la Baja Edad Media. Studia Historica. Historia Medieval, Salamanca, n. 25, p. 221-244, 2007.
MARTÍNEZ MARTÍNEZ, Julio Gerardo. Los oficios menestrales en los Fueros de Cáceres. Anuario de la Facultad de Derecho, Cáceres, n. 3, p. 133-165, 1984-1985.
MARTÍNEZ MARTÍNEZ, Julio Gerardo. “El delito ecológico en los Fueros de Coria y Cáceres”. (Un estudio Iushistórico Textual-Comparativo). Cáceres: JGMM Zigurat Libros, 1994-2001.
MONTERDE GARCÍA, Juan Carlos. El sentido de la honra en los Fueros de Cáceres y Plasencia. Revista de Estudios Extremeños, Badajoz, v. 58, n. 2, p. 685-722, 2002. Disponível em: <http://dialnet.uinirioja.es/servlet/revista?tipo_busqueda=CODIGO& clave_revista=1164>. Acesso em: 22 de maio 2007.
ORLANDIS, José. Las consecuencias del delito en el derecho de la Alta Edad Media. Anuario de Historia del Derecho de Español, Madrid, n. 18, p. 61-165, 1947.
PAIS, José Machado. Sociologia da vida quotidiana. Teorias, métodos e estudos de caso. Lisboa: Imprensa Nacional de Ciências Sociais, 2002.
SAINZ GUERRA, Juan. Infracción y pena en el Fuero de Soria. Anuario de Historia del Derecho de Español, Madrid, n. 76, p. 137-170, 2006.
SEABRA, Ana Maria Rodrigues. Espaços, gente e sociedade no Oeste: estudos sobre Torres Vedras. Cascais: Patrimónia Histórica, 1996.
SILVA, Manuela Santos. Óbidos medieval: estruturas urbanas e administração concelhia. Cascais: Patrimónia Histórica, 1997.
SILVA, Manuela Santos. O concelho de Óbidos na Idade Média. Caldas da Rainha: Gráfica da Ponte, 1994.
SILVA, Nuno Espinosa Gomes da. História do Direito Português. Lisboa: Associação Académica da Faculdade de Direito, 1971.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:
A inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.
Todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença creative commons do tipo "by-nc-nd/4.0".