A academia perante a diplomacia no Brasil: o uso dos conceitos de América Latina e de América do Sul de 1985 a 2015
Academy and diplomacy in Brazil: the use of the concepts of Latin America and South America from 1985 to 2015
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1809-6182.2016v13n3p126Palabras clave:
Política Externa Brasileira, América do Sul, América Latina, Análise de Conteúdo, Inferência Estatística.Resumen
De que forma a academia brasileira especializada em relações internacionais utilizou os conceitos de América Latina e de América do Sul nos artigos publicados em periódicos nacionais de 1985 a 2015? Haveria uma diferença média significativa entre o período anterior e posterior ao ano 2000? Para abordar essas questões, esse artigo faz uso de ferramentas metodológicas fornecidas pela Análise de Conteúdo e pela estatística para entender melhor a forma com a qual os estudiosos da área lidaram com os interesses conceituais da diplomacia brasileira – tanto em sua versão presidencial, quanto tradicional. Para tanto, analisaram-se mil e cinquenta e cinco publicações provenientes de dois periódicos nacionais de alto impacto na disciplina de relações internacionais do Brasil. Assim, os resultados obtidos apontam que, embora o conceito de América do Sul tenha ganhado um maior espaço, é ainda o conceito de América Latina que é mais utilizado pelos pesquisadores.
Descargas
Citas
AMORIM, Celso. Discurso do Ministro Celso Amorim por ocasião da abertura oficial da Cúpula Social do Mercosul – Brasília, 13 de dezembro de 2006. 2006. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/discursos-artigos-e-entrevistas/ministro-das-relacoes-exteriores-discursos/7914-discurso-do-ministro-das-relacoes-exteriores-embaixador-celso-amorim-por-ocasiao-da-cerimonia-de-abertura-oficial-da-cupula-social-do-mercosul-brasilia-13-12-2006>. Acesso em: 23 maio 2016.
BECKER, João Luiz. Estatística Básica: Transformando Dados em Informação. Porto Alegre: Bookman, 2015.
CERVO, Amado Luiz; BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais/Editora da Universidade de Brasília, 2011.
______; LESSA, Antônio Carlos. The fall: the international insertion of Brazil (2011-2014). Revista Brasileira de Política Internacional, v. 57, n. 2, p. 133-151, 2014.
CORNETET, João Marcelo Conte. A política externa de Dilma Rousseff: contenção na continuidade. Conjuntura Austral, v. 5, n. 24, p. 111-150, 2014.
COUTO, Leandro Freitas. O horizonte regional do Brasil e a construção da América do Sul (1990-2005). 2006. 152 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Relações Internacionais, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
______. O horizonte regional do Brasil e a construção da América do Sul. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 50, n. 1, p. 159-176, 2007.
DANCEY, Christine P.; REIDY, John. Estatística sem matemática para psicologia. Porto Alegre: Penso Editora, 2013.
FONSECA JÚNIOR, Gelson. Diplomacia e Academia: um estudo sobre as análises acadêmicas sobre a política externa brasileira na década de 70 e sobre as relações entre o Itamaraty e a comunidade acadêmica. Brasília, Instituto Rio Branco (tese do Curso de Altos Estudos, mimeo), 1981.
GALVÃO, Thiago Gehre. South America: construction through reinvention (2000-2008). Revista Brasileira de Política Internacional, v. 52, n. 2, p. 63-80, 2009.
KRIPPENDORFF, Klaus. Content analysis: An introduction to its methodology. Londres: SAGE, 2004.
LAFER, Celso. A identidade internacional do Brasil e a política externa brasileira: passado, presente e futuro. São Paulo: Perspectiva, 2004.
LASSWELL, Harold D. Why be quantitative?. Language of Politics: Studies in Quantitative Semantics, The MIT Press, Cambridge, MA, p. 40-52, 1949.
MIRANDA, Samir Perrone de. A integração da América do Sul no discurso da política externa brasileira (1992-2010). 2014. 237 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciência Política, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
NEUENDORF, Kimberly A. The content analysis guidebook. Londres: SAGE, 2002.
OLIVEIRA, Guilherme Ziebell; SILVEIRA, Isadora Loreto. De Lula a Dilma: Mudança ou Continuidade na Política Externa Brasileira para América do Sul? Revista de Estudos Internacionais, v. 6, n. 2, p. 134-159, 2015.
PAUTASSO, Diego; ADAM, Gabriel Pessin. A Política da Política Externa Brasileira: novamente entre autonomia e alinhamento na eleição de 2014. Conjuntura Austral, v. 5, n. 25, p. 20-43, 2014.
PINHEIRO, Leticia; VEDOVELI, Paula. Caminhos cruzados: diplomatas e acadêmicos na construção do campo de estudos de Política Externa Brasileira. Revista Política Hoje, v. 21, n. 1, 2012.
PUNTIGLIANO, Andrés Rivarola. Going Global: An Organizational Study of Brazilian Foreign Policy. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 51, n. 1, p. 28-52, 2008.
RAMOS, Felippe Silva. ¿Sur o No Sur?: Uma genealogia da política externa brasileira para a construção da América do Sul. 2012. 150 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Sociais, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012.
SANTOS, Luís Cláudio Villafañe G.. A América do Sul no discurso diplomático brasileiro. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 48, n. 2, p. 185-204, 2005.
______. A América do Sul no discurso diplomático brasileiro. Brasília: FUNAG, 2014.
SANTOS, Sergio Caballero. Brasil y la región: una potencia emergente y la integración regional sudamericana. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 54, n. 2, p. 158-172, 2011.
SANTOS, Marcelo. A presença brasileira na América do Sul: ações e instrumentos de política externa. Análisis Político, v. 26, n. 77, p. 195-210, 2013.
SPEKTOR, Matias. Ideias de ativismo regional: a transformação das leituras brasileiras da região. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 53, n. 1, 2010.
SARAIVA. Balanço da política externa de Dilma Rousseff: perspectivas futuras? Relações Internacionais (RI), n. 44, p. 25-35, 2014.
VILELA, Elaine; NEIVA, Pedro. Temas e regiões nas políticas externas de Lula e Fernando Henrique: comparação do discurso dos dois presidentes. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 54, n. 2, p. 70-96, 2011.
VIZENTINI, Paulo Fagundes. A evolução da produção intelectual e dos estudos acadêmicos de relações internacionais no Brasil. O crescimento das Relações Internacionais, p. 17, 2005.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).