MARKETING SOCIAL COMO INSTRUMENTO PROMOTOR DA ADOÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS, PAIS E PRETENDENTES
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2024v24n67p93-114Palabras clave:
Adoção de Crianças e Adolescentes, Marketing Social, Campanhas de adoçãoResumen
Em que pese a relevância, o gesto de adotar uma criança ou adolescente compreende temática pouco discutida e difundida nos meios sociais. O cenário da adoção envolve uma série de fatores que influenciam sua concretização, como tabus, preferências, inseguranças e burocracias. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é identificar e analisar a percepção de atores envolvidos com a causa da adoção de crianças e adolescentes acerca das campanhas de marketing social relacionadas. Foi realizada uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa. Foram entrevistados onze pais ou pretendentes, um casal adotante e cinco agentes públicos. Os dados coletados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo. Foi possível constatar que as campanhas de marketing social veiculadas para a promoção da adoção não são suficientemente satisfatórias para provocar uma mobilização social e alteração comportamental que desperte o desejo de adotar. Os entrevistados sustentam que as campanhas precisam ser mais informativas, demonstrando a realidade encontrada nos abrigos e buscando o rompimento do perfil desejado pelos pretendentes que pode ser excludente. Alguns agentes públicos sustentaram a ideia de que o processo deve ser burocrático por envolver a vida de uma criança, contudo, não deve ser moroso, sendo necessária uma revisão dos processos nos tribunais.