O pão nosso de cada diaâ€?: as representações sociais sobre a vida familiar e profissional dos trabalhadores na indústria da panificação
Resumo
O artigo enfoca as representações sociais dos “masseirosâ€?, trabalhadores na indústria da panificação, como forma de descortinar sua subjetividade, captada através de suas falas, instância reveladora do cotidiano laboral vivenciado. Trata-se de um estudo de caso, cujas técnicas de pesquisa foram entrevistas semi-estruturadas realizadas com 16 trabalhadores e a observação participante. Os resultados evidenciaram a predominância da representação “com alimento não se brincaâ€?. Essa representação reflete aquela realidade social marcada pela infância pobre, com privações de ordem alimentar, e a vida adulta de trabalho árduo para garantir o sustento pessoal e dos familiares, que introjetaram nos sujeitos, a partir de suas vivências de sofrimento, a relevância do alimento para os seres humanos. Fonte de vida, o alimento é aquilo que dá força ao trabalhador para executar outras atividades. Assim, a brincadeira no local de trabalho é vista como danosa, pois, ao gerar falta de atenção, pode implicar o desperdício do produto que está sendo elaborado, o pão. O trabalho, representado como “tudoâ€?, “vidaâ€?, é o que permite a obtenção do alimento, daí a “seriedadeâ€?.Downloads
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Publicado
2008-09-23
Como Citar
Cavedon, N. R., & Pires, R. P. (2008). O pão nosso de cada diaâ€?: as representações sociais sobre a vida familiar e profissional dos trabalhadores na indústria da panificação. Revista Economia & Gestão, 6(12). Recuperado de https://periodicos.pucminas.br/economiaegestao/article/view/36
Edição
Seção
Artigos