ESCOLAS DO CAMPO DE ENSINO MÉDIO NO CEARÁ: TERRITÓRIOS DE (RE)EXISTÊNCIA E DE FORMAÇÃO POLÍTICA DA JUVENTUDE CAMPONESA

Autores

  • Kamila Costa de Sousa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Celecina de Maria Veras Sales Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2023v33n2p637

Palavras-chave:

Educação e escola do campo, Juventude camponesa, Base diversificada, Assentamento rurais de reforma agrária

Resumo

O campo cearense historicamente tem registrado diversos conflitos e há mais de uma década identifica-se as lutas sociais camponesas em defesa de educação e escola para os sujeitos do campo. Os movimentos sociais camponeses, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), têm colocado na cena política, social e econômica brasileira, a necessidade do Estado garantir aos povos do campo o direito a educação e escola em seus contextos sociais, propondo a partir de suas experiências educativas e políticas, a educação do campo como perspectiva. Nesse sentido, o presente artigo busca compreender como as escolas do campo de ensino médio, conquistadas pelo MST para os assentamentos rurais de reforma agrária no Ceará, tornam-se territórios de (re)existência e de formação política da juventude do campo. Por meio de pesquisas qualitativas e de projetos de extensão realizados nas escolas do campo de ensino médio, compreende-se que estas conseguem promover a formação política dos jovens por meio da proposta educativa que se fundamenta na educação do campo e que apresenta uma base comum e diversificada no currículo e que constrói com os educandos uma compreensão crítica da realidade agrária no Brasil, e consequentemente dos seus assentamentos. Por meio da base diversificada, os jovens vivenciam na escola o trabalho camponês; a valorização da cultura camponesa e lutas sociais, gerando assim a organização política da juventude camponesa. Conclui-se que a escola do campo é um importante território de (re)existência da cultura camponesa, da luta pela terra, da organização da juventude camponesa, contribuindo para a elaboração dos projetos de vida dos educandos; sendo assim, território fundamental para a formação política da juventude camponesa cearense.

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Biografia do Autor

Kamila Costa de Sousa , Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Doutora e Mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atuando como docente do Curso de Pedagogia e coordenadora do Curso de Licenciatura em Educação do Campo. Brasil

Celecina de Maria Veras Sales, Universidade Federal do Ceará

Pós-doutora pelo Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e Doutora em Educação pela UFC. Professora titular da UFC, atuando no Programa de Pós-Graduação em Educação (UFC) e no Programa de Pós-Graduação de Avaliação de Políticas Públicas (UFC). Brasil

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Publicado

2023-09-20

Como Citar

Costa de Sousa , K., & Maria Veras Sales, C. de . (2023). ESCOLAS DO CAMPO DE ENSINO MÉDIO NO CEARÁ: TERRITÓRIOS DE (RE)EXISTÊNCIA E DE FORMAÇÃO POLÍTICA DA JUVENTUDE CAMPONESA. Caderno De Geografia, 33(2), 637. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2023v33n2p637

Edição

Seção

ARTIGOS