EDUCAÇÃO PARA QUEM? CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A HISTÓRICA EXCLUSÃO DOS SUJEITOS DO CAMPO À EDUCAÇÃO

Resumo

Este artigo tem como objetivo geral investigar, através de revisão bibliográfica, como ocorreu a exclusão dos sujeitos do campo no processo educacional ao longo do tempo.  De maneira específica, o artigo busca descrever o histórico de desigualdades educacionais no Brasil, com foco nas áreas rurais; identificar as principais causas e efeitos das desigualdades no campo, principalmente na área da educação, ao longo do tempo; contextualizar a desigualdade de acesso às tecnologias no período pandêmico. Como metodologia, optou-se por uma abordagem qualitativa, a qual se acredita que irá auxiliar a responder os objetivos propostos. Para tanto, se fez uso de pesquisa bibliográfica em dados secundários, artigos e periódicos que abordassem a temática. Ainda se faz uso da metodologia participativa para compreender melhor o contexto da educação do campo, visto que a autora é aluna egressa de escolas que estavam no campo e vivenciou a desigualdade tecnológica. A conjuntura da educação do campo no Brasil tem sido marcada por desafios históricos relacionados às desigualdades educacionais e, mais recentemente, pelas disparidades digitais agravadas pela pandemia de COVID-19. Esta análise destaca a necessidade urgente de abordar esses problemas de maneira abrangente e proativa, a fim de diminuir a segregação já existente. As desigualdades educacionais observadas ao longo do tempo são reflexo de um sistema que historicamente negligenciou a educação nas áreas rurais, perpetuando estereótipos e desvalorizando o conhecimento dos camponeses. Além disso, as desigualdades digitais têm aumentado ainda mais essas diferenças, à medida que o ensino remoto se tornou uma norma durante a pandemia. A falta de acesso à internet e tecnologia nas áreas rurais tem impedido muitos estudantes de participarem plenamente da educação, aprofundando a exclusão educacional.