Cristãs-novas e o criptojudaísmo feminino no espaço colonial pernambucano (século XVI)

Autores

  • José Alex Livino da Silva Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros

Palavras-chave:

Inquisição, Mulheres, Resistência, Criptojudaísmo, Pernambuco

Resumo

Este artigo busca contribuir com os estudos acerca das perseguições empreendidas pelo Tribunal do Santo Oficio português aos cristãos-novos, no contexto da Capitania de Pernambuco, no século XVI. Procuramos destacar as estratégias utilizadas pelas cristãs-novas para manter viva a fé de seus antepassados e o papel das mulheres na manutenção do criptojudaísmo. O presente artigo trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza bibliográfica e documental, que utilizará como fontes as denúncias e as confissões da Primeira Visitação do Santo Oficio, em Pernambuco. Como metodologia, utilizamos a leitura e a interpretação das fontes bibliográficas através do fichamento, além da leitura crítica da bibliografia especializada. Como principais resultados, esperamos evidenciar a importância das mulheres para a preservação das práticas culturais herdadas pelos antepassados judeus no espaço colonial Pernambucano do século XVI.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Alex Livino da Silva, Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros

Especialista em História do Brasil pela Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros (FADIMAB)

Referências

ALMADA, Nery de Mello. Manual de Direitos das Famílias. 3a ed. Revisão atual e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
ALVES, Branca Moreira – Ideologia e Feminismo: a luta da mulher pelo voto no Brasil, Vozes. Petróplis, 1980.
ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.
ANDRADE. Priscila Gusmão. As criptojudias e suas práticas culturas no final do século XVI (Pernambuco, Itamaracá e Paraíba). [s.l.]: [s.n.], 2017.
BARRETO, Vicente Paulo. A nova família: problemas e perspectivas. Rio de Janeiro, Renovar, 1997.
BENNASSAR, B. L’Inquisition espagnole. Paris: Hachette, 1979. p. 101
BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições: Portugal, Espanha e Itália – séculos XV-XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
BOXER, Charles. O Império marítimo português (1415-1825). São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
BRASIL. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 out. 1988.
BUTLER, Judith. Problema de Gênero: feminismo e subversão
CALAINHO, Daniela Buono. “Em nome do Santo Ofício: Familiares da Inquisição Portuguesa no Brasil Colonial”. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1992. Santo Ofício da Inquisição de Lisboa: Confissões da Bahia (organização Ronaldo VAINFAS). São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
CRUZ. Camila Muniz de. Mulheres no Criptojudaísmo: o olhar da historiografia. [s.l.]: [s.n.], 2015.
SILVA, Lina Gorenstein Ferreira da. O sangue que lhes corre nas veias: mulheres cristãs-novas no Rio de Janeiro, século XVIII (Tese de doutorado). São Paulo: USP, 2005.
GRINBERG, Keila – Código Civil e Cidadania, Jorge Zahar Editor, RJ, 2001.
HAHNER, June E. – A mulher brasileira e suas lutas sociais e políticas: 1850-1837, Ed. Brasiliense, SP, 1981.
MALLARD, Suzana Duarte Santos. Ambiente de gestação e formalização de ideias, discussões, grupos e projetos. 2009.
MERGÁR, Arion. A representação social do gênero feminino nos autos criminais na Província do Espírito Santo (1853-1870). 2006. 160 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas, Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitória, 2006.
MORAES, Maria Lígia Quartim – “Cidadania no feminino”: In Pinsky, J. e Pinsk, C B, História da Cidadania, Ed. Contexto, SP, 2003.
MOTT, Luiz. Filhos de Abraão & de Sodoma: cristãos-novos homossexuais nos tempos da Inquisição. In: FERREIRA DA SILVA, Lina Gorenstein; TUCCI CARNEIRO, Maria Luiza (orgs.). São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2002.
MOURA. Anderson Cordeiro de. As heresias da família Soeiro: Inquisição imaginário criptojudaico na Goiana colonial (Pré-século XVI). [s.l.]: [s.n.], 2018.
NOVINSKY, Anita W. “O papel da mulher no cripto-judaísmo português”. In: Comissão para a igualdade e para os direitos das mulheres. O rosto feminino da expansão portuguesa. Congresso Internacional Lisboa 1994. Lisboa, 1995.
NOVINSKY, Anita W. Inquisição: prisioneiros do Brasil séculos XVI-XIX. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.
PINHEIRO, Ralph Lpes. História resumida do direito. 10 ed, Rio de Janeiro: Thex,2001.
PINOTTI, J. A. et al. Atendimento integral à saúde da mulher. Trabalho apresentado na reunião sobre a Saúde da Mulher na Aliança para a Saúde das Mulheres da OMS/FIGO realizada no Banco Mundial, Washington, DC, outubro, 1998.
PINTO, Céli Regina Jardim – Uma história do feminismo no Brasil, Ed. Perseu Abramo, SP., 2003.
RUTHERFORD, Ward. Os druidas. São Paulo: Mercuryo, 1991.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. – A Mulher na Sociedade de Classes: Mito ou Realidade, Vozes, Petrópolis, 1976.
SILVA. Maria Aparecida. Os mitos fundadores, narrativas e “as donas dos quilombos”. In.: TAPAI, Giselle de Melo Braga. Novo Código Civil. 1 ed, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Acesso em: 12 jun. 2021.
SIQUEIRA, Sonia Aparecida de. A Inquisição Portuguesa e a sociedade colonial. São Paulo: Editora Ática, 1978.
UNTERMAN, Alan. Dicionário judaico de lendas e tradições. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1992

Downloads

Publicado

2021-12-23