CRÍTICA DA IDEIA DE SUICÍDIO
Contribuições para um debate público
Resumo
O ensaio desenvolve uma análise das transformações nas perspectivas sobre o suicídio, destacando a posição de Agostinho e as críticas contemporâneas à visão condenatória e à descriminalização da morte autoinfligida. Sua crítica perspicaz aos preconceitos morais dominantes ressalta a complexidade do tema. Os argumentos apresentados reforçam a necessidade urgente de um diálogo público sobre o direito à morte no Brasil, especialmente à luz da legalização da eutanásia em outros países. A ênfase na importância de respeitar a autonomia individual, particularmente quando embasada em justificativas e condições de saúde, acrescenta uma dimensão ética ao debate. Ao abordar o "efeito Werther", o ensaio faz uma análise crítica da correlação desse fenômeno com o papel da mídia na propagação de comportamentos suicidas. Na conclusão, o texto promove uma reflexão sobre as nuances que demarcam a fronteira entre saúde mental e patologia. Destaca, sobretudo, a imperatividade de desenvolver uma Ética da Morte como alicerce essencial para um Direito à Morte fundamentado e esclarecido.
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Referências
AMÉRY, Jean. Hand An Sich Legen: Diskurs Über Den Freitod. 1976. Disponível em https://archive.org/details/hand-an-sich-legen-amery-jean, acessado em 5/11/2023.
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REIS, Alexandre H. História do Suicídio, Belo Horizonte: Páginas Editora, 2020.
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