A ALEGORIA DA CAVERNA E OS MUROS ABSURDOS
Uma perspectiva ético-filosófica sobre o suicídio em Platão e Camus
Resumo
A discussão sobre o sentido da vida assume papel central na reflexão filosófica existencial. Este artigo visa apresentar uma análise sobre a temática do suicídio como problema social e filosófico e, ao mesmo tempo, promover a afirmação da vida em um mundo desprovido de sentido absoluto, colocando em evidência, a partir de um longo percurso reflexivo, a filosofia de Platão e de Albert Camus. A metodologia adotada envolve uma análise crítica das obras de Platão e de Camus, explorando como cada autor enfrenta o absurdo da existência humana e a falta de sentido intrínseco na vida. Com esta constatação, o ser humano se vê obrigado a tomar uma atitude diante do absurdo presente na condição humana. Emerge, assim, uma questão central: o suicídio seria uma solução legítima ou uma abdicação da liberdade humana? Ao explorar a ideia filosófica desses autores, provindas da Alegoria da Caverna de Platão, como também dos Muros Absurdos de Camus, pretende-se, por meio desta mediação, encontrar dispositivos que atuem como meios no combate ao suicídio, descartando essa atitude como resposta ao absurdo da condição humana.
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Referências
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