La voz de la mujer: La disfonía del Logos y la ambigüedad del sentido
Resumo
En el artículo se hace un análisis del primer periódico anarcofeminista editado por Virginia Bolten llamado La voz de la mujer. Si la voz posee, tal como parece indicarlo el título del periódico, un claro matiz político, ¿a qué sujeto debe remitirse? La cuestión del “sujeto político” ha sido un tema central en los debates de lo que se ha llamado la “segunda ola” del feminismo ya que, lejos de repetir la misma lógica y los mismos presupuestos ontológicos del modelo hetero-masculino, el feminismo de las últimas décadas ha intentado llevar a cabo una “deconstrucción” de las categorías de sujeto e identidad. Exceder el sentido del Logos, la Voz de Dios, no significa abismarse en el silencio, en el mutismo, y por lo tanto en una actitud apolítica (afonía); exceso no significa aquí lo a-significante, sino más bien el propio sentido dislocado, subvertido (disfonía). En esta perspectiva, el periódico La voz de la mujer, más que hacer referencia a lo otro de lo masculino, indicaría en cambio una dislocación del hombre y de la mujer, un viaje inestable por las categorías de la metafísica, una forma de vida no condicionada ya por una subjetividad genérica.
No artigo se faz uma análise do primeiro periódico anarcofeminista editado por Virginia Bolten, chamado La voz de la mujer. Se a voz possui, tal como parece indicá-lo o título do periódico, um claro matiz político, a que sujeito deve se remeter? A questão do “sujeito político” tem sido um tema central nos debates do que se chamou a “segunda onda” do feminismo já que, longe de repetir a mesma lógica e os mesmos pressupostos ontológicos do modelo hetero-masculino, o feminismo das últimas décadas tentou levar a cabo uma “desconstrução” das categorías de sujeito e identidade. Exceder o sentido do Logos, a Voz de Deus, não significa abismar-se no silêncio, na mudez, e portanto em uma atitude apolítica (afonía); excesso não significa aqui o assignificante, antes o próprio sentido deslocado, subvertido (disfonía). Nesta perspectiva, o periódico La voz de la mujer, mais que fazer referência ao outro do masculino, indicaria ao contrario um deslocamento do homem e da mulher, uma viagem instável pelas categorías da metafísica, uma forma de vida não condicionada já por uma subjetividade genérica.
Downloads
Referências
AGAMBEN, G. Mezzi senza fine: note sulla política. Torino: Bollati Boringhieri, 1996.
AGAMBEN, G. Profanazioni. Roma: Nottetempo. 2005.
ALTHUSSER, L. “Idéologie et appareils idéologiques d’État. (Notes pour une recherche).” En: Positions (1964-1975). Paris: Les Éditions sociales, 1970.
BEAUVOIR, S. Le deuxième sexe. Paris: Gallimard, Tomo I, 1949.
BORGES, J. L. El hacedor. 4. ed. Buenos Aires: Emecé, 1967.
BUTLER, J. Undoing gender. New York: Routledge, 2004.
BUTLER, J. Excitable speech: a politics of the performative. New York: Routledge, 1997.
DELEUZE, G. – Guattari, F. Kafka: pour une littérature mineure. Paris: Minuit. 1975.
DELEUZE, G. – Guattari, F. Mille plateaux. Paris: Minuit, 1980
DELEUZE, G. Foucault. Paris: Minuit, 1986.
DOLAR, M. The voice and nothing more. Cambridge: The MIT Press, 2006.
FEMENÍAS, M. L. Sobre sujeto y cuerpo. Lecturas feministas desde Beauvoir a Butler. Buenos Aires: Catálogos, 2000.
FERNÁNDEZ, A. M. La mujer de la ilusión. Pactos y contratos entre hombres y mujeres. Buenos Aires: Paidós, 1993.
TERMO DE DECLARAÇÃO:
Submeto (emos) o trabalho apresentado, texto original, à avaliação da revista Sapere Aude, e concordo (amos) que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora PUC Minas, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem que a necessária e prévia autorização seja solicitada por escrito e obtida junto à Editora. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado e o (s) autor (es), empresas, instituições ou indivíduos.