CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS: UM OLHAR PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOAFETIVO

  • Isabel Aparecida Diniz
  • Márcia Oliveira Assis Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais http://orcid.org/0000-0002-8687-8943
  • Mayra Fernanda Silva de Souza
Palavras-chave: Instituição de abrigo, Acolhimento institucional, Crianças, Socioafetividade

Resumo

A institucionalização infantil é uma medida de proteção aplicada às crianças que possuem seus direitos previstos no ECA, violados. Com a conquista destes direitos, a representação do ser criança passou por diversas mudanças durante os séculos. Essas mudanças culminaram na tentativa de perceber o lugar que a criança ocupava na família e na sociedade. Diante destas transformações é possível ilustrar uma evolução, inclusive das instituições que acolhem estas crianças na atualidade, como por exemplo, o abrigo. Falar do abrigo na infância, etapa em que as crianças vivenciam experiências que contribuirão significativamente para o seu desenvolvimento biopsicossocial, e dentre essas experiências, as vinculadas ao afeto possuem substancial relevância. Nesse sentido, a presente pesquisa investigou quais os aspectos da institucionalização no desenvolvimento socioafetivo da criança abrigada. Para contemplar essa proposta dissertou-se sobre a trajetória histórica das instituições de abrigo desde o período colonial até a contemporaneidade; os processos de desenvolvimento socioafetivo na infância e os impactos no desenvolvimento socioafetivo da criança abrigada; bem como, as possíveis intervenções dos profissionais da Psicologia no abrigo. Diante desse percurso, considera-se importante desenvolver teoricamente sobre institucionalização, abrigo, infância, socioafetividade e atuação do psicólogo nesse contexto institucional. A metodologia utilizada no desenvolvimento dessa pesquisa foi a pesquisa bibliográfica em que diferentes obras foram sustentação para as fundamentações teóricas deste trabalho. Perante essa investigação, constatou-se que, o afastamento provisório ou permanente da criança de seu contexto familiar; o rompimento dos laços afetivos com a família de origem; a escassez de vínculos afetivos alternativos na instituição; dentre outros aspectos, acarretam impactos significativos para o desenvolvimento socioafetivo da criança abrigada.

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Biografia do Autor

Isabel Aparecida Diniz
Psicóloga Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Mayra Fernanda Silva de Souza
Psicóloga Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Mestre em Educação, na linha de pesquisa processos socioeducativos e práticas escolares, pela Universidade Federal de São João Del Rei.
Publicado
07-03-2018
Como Citar
DINIZ, I. A.; ASSIS, M. O.; SOUZA, M. F. S. DE. CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS: UM OLHAR PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOAFETIVO. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 5, p. 261-285, 7 mar. 2018.