CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS: UM OLHAR PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOAFETIVO
Resumo
A institucionalização infantil é uma medida de proteção aplicada às crianças que possuem seus direitos previstos no ECA, violados. Com a conquista destes direitos, a representação do ser criança passou por diversas mudanças durante os séculos. Essas mudanças culminaram na tentativa de perceber o lugar que a criança ocupava na família e na sociedade. Diante destas transformações é possível ilustrar uma evolução, inclusive das instituições que acolhem estas crianças na atualidade, como por exemplo, o abrigo. Falar do abrigo na infância, etapa em que as crianças vivenciam experiências que contribuirão significativamente para o seu desenvolvimento biopsicossocial, e dentre essas experiências, as vinculadas ao afeto possuem substancial relevância. Nesse sentido, a presente pesquisa investigou quais os aspectos da institucionalização no desenvolvimento socioafetivo da criança abrigada. Para contemplar essa proposta dissertou-se sobre a trajetória histórica das instituições de abrigo desde o período colonial até a contemporaneidade; os processos de desenvolvimento socioafetivo na infância e os impactos no desenvolvimento socioafetivo da criança abrigada; bem como, as possíveis intervenções dos profissionais da Psicologia no abrigo. Diante desse percurso, considera-se importante desenvolver teoricamente sobre institucionalização, abrigo, infância, socioafetividade e atuação do psicólogo nesse contexto institucional. A metodologia utilizada no desenvolvimento dessa pesquisa foi a pesquisa bibliográfica em que diferentes obras foram sustentação para as fundamentações teóricas deste trabalho. Perante essa investigação, constatou-se que, o afastamento provisório ou permanente da criança de seu contexto familiar; o rompimento dos laços afetivos com a família de origem; a escassez de vínculos afetivos alternativos na instituição; dentre outros aspectos, acarretam impactos significativos para o desenvolvimento socioafetivo da criança abrigada.
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