QUALIDADE DE VIDA EM DUAS INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS EM BELO HORIZONTE: PERCEPÇÃO DE MORADORES
Abstract
Ao longo da última década o Brasil experimentou o crescimento de sua população idosa, ou com mais de 60 anos. O objetivo desse trabalho é conhecer a percepção de qualidade de vida de idosas que moram em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI´s) na cidade de Belo Horizonte/MG. Em relação à metodologia do trabalho buscou-se observar três ILIPI´s na cidade, um confessional/ religioso, um público vinculado à prefeitura da cidade e um misto, ou seja, um que possui apoio da prefeitura e da Associação São Vicente de Paulo. A opção pelas ILIPI´s aconteceu em função de estarem numa região de maior acesso e disponibilidade de pesquisa. O público dessas ILIPI´s são hegemonicamente feminino, indicando não apenas o reforço da feminilização da velhice, como também que os lares não aceitam comunidades mistas para o atendimento aos idosos. Questionou-se sobre a decisão de ir morar em ILIPI´s e apurou-se que a maioria (90%) foi para essas instituições por escolha própria. Além disso, entrevistei as idosas (14 idosas ao todo) que tinham condições e se dispuseram a conversar sobre o tema de qualidade de vida. De acordo com a literatura sabe-se que qualidade de vida é subjetiva, ou seja, associa-se mais aos aspectos do indivíduo. Mas o contato com a família, com projetos sociais, a relação com amigos, à religiosidade e saúde são definidores do termo (OMS, 2001). As idosas dos lares públicos aceitam mais a qualidade de vida dentro desses parâmetros do que idosas em lares religiosos que reconhecem na crença em Deus a qualidade de vida.