EROS E TÂNATOS NA ENCRUZILHADA DA CIVILIZAÇÃO: UMA RELEITURA FRANKFURTIANA DA TEORIA DAS PULSÕES EM FREUD
Palavras-chave:
Pulsões; Eros; Psicanálise; Cultura.Resumo
Este artigo discute a releitura de alguns autores da Escola crítica de Frankfurt sobre os conceitos freudianos de pulsão, Eros e Tânatos; princípio do prazer e princípio de realidade, bem como o ponto de intersecção desses conceitos frente ao advento da civilização. O tensionamento entre essas releituras epistomólgicas apresenta ricas inferências acerca da constituição subjetiva por sobressair-se diante de um rico aporte teórico que enlaça tanto o campo individual, do particular, quanto o todo social em que se insere. Para tanto, pauta-se na metodologia baseada na revisão bibliográfica dos textos de Freud e de Adorno, Horkheimer e Marcuse, sem desconsiderar importantes comentadores. Na verificação de um impulso hostil inerente aos sujeitos e à própria cultura, a presente pesquisa vale-se da articulação de aspectos constituintes do humano, como o prazer e o medo, para que se alce um vislumbre em torno do traço psíquico da agressividade em seu sentido destrutivo, violento; mas que também testemunha grande força frente à repetição diferenciada, o esforço em manter a ligação entre os homens. Compreendendo os aspectos destrutivos incidentes na constituição humana, torna-se possível perceber de que maneiras o princípio de realidade pode vir a ser firmado em restrições suscetíveis à barbárie, ao empobrecimento dos homens e a apreensão irracionalizada da realidade objetiva.
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