“QUARTO DE DESPEJO”

UM RELATO DE PRECARIEDADE E DESAMPARO

Autores

  • José Newton Garcia de Araújo PUC Minas
  • Amanda Maria Marques Pimenta PUC Minas

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2022v28p331-351

Palavras-chave:

Privação de reconhecimento, Precariedade, Desamparo, Sofrimento psíquico

Resumo

Este artigo analisa a negação de reconhecimento e suas consequências na obra Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, com base nos conceitos de precariedade, de Judith Butler, e de desamparo, de Freud. A precariedade foi discutida por Butler a partir de sua leitura de Fenomenologia do espírito, de Hegel. A autora retoma aspectos da teoria hegeliana para discutir o desamparo, inerente à subjetividade. O desamparo se torna sofrimento quando vivido em condições de marginalidade e exclusão. Neste estudo, os conceitos de precariedade e desamparo são analisados por meio do relato de Carolina Maria de Jesus. Nesse percurso, reafirma-se que a opressão e a intolerância aos negros permanecem em nossa sociedade, especialmente junto à população marginalizada nas favelas e excluída das políticas públicas que garantam os direitos a saúde, educação, moradia e emprego, condições que deveriam assegurar a dignidade a todos os cidadãos.

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Biografia do Autor

José Newton Garcia de Araújo, PUC Minas

Doutor em Psicologia (Universidade de Paris-Cité), professor aposentado dos programas de Graduação e Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da PUC Minas

Amanda Maria Marques Pimenta, PUC Minas

Doutora e mestra em Psicologia pela PUC Minas, psicanalista e psicóloga do trabalho

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Publicado

2022-05-24

Edição

Seção

Artigos / Articles / Artículos