Clínica com adolescentes: de que pai se trata?

Autori

  • Vera Lopes Besset

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2005v11n17p86-95

Parole chiave:

Psicanálise; Adolescência; Sujeito.

Abstract

Atualmente, o saber reconhecido é aquele que se afirma em nome da ciência. Vários ‘especialistas’ freqüentam a mídia oferecendo saber sobre tudo e todos – médicos, psicanalistas, psicólogos, educadores, entre outros. No caso dos adolescentes, uma conseqüência disso, evidenciada na clínica, são as dificuldades dos pais, desautorizados para assumir a responsabilidade inerente ao lugar que ocupam: buscando ‘acertar’, temendo perder o amor dos filhos, alguns praticamente renunciam a educá-los, deixando essa tarefa a cargo da escola, que não tem vocação nem competência para tal. Ao mesmo tempo, em nome de uma pretensa independência dos filhos, terminam, muitas vezes, por deixá-los sozinhos, no desamparo. O desafio que o trabalho com esses pais nos coloca é, com base no saber específico do qual dispomos, o da psicanálise, fazer valer a “douta-ignorância”, atribuindo saber, mesmo que suposto, ao sujeito que nos fala. Uma orientação despida de qualquer objetivo pedagógico especifica essa modalidade de atendimento.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Pubblicato

2020-09-17

Fascicolo

Sezione

Artigos / Articles / Artículos