A politica externa do Governo Lula com a África Lusófona: dimensão política, cooperativa, educacional e econômica
Palavras-chave:
Política externa brasileira. Relações Brasil-África. Relações Sul-Sul. Governo Lula.Resumo
Ligados histórica e culturalmente, Brasil e África têm laços de relacionamento antigos; remontam ao período colonial e se devem, em grande medida, à colonização portuguesa. No entanto, após o fim da II Guerra Mundial, as relações entre Brasil e África, em especial aos países da África Lusófona começam a ganhar novos horizontes. Retomados com certo fôlego a partir do final da década de 1960, nos governos de Jânio Quadros e, em seguida, no governo de Joao Goulart com o lançamento da política externa independente (PEI), nem por isso, os vínculos políticos, econômicos e estratégicos com a África receberam, nos anos posteriores, prioridade por parte dos condutores da política externa brasileira. Contudo, no novo século, com a administração do Ex-presidente Lula, a África passou a ocupar espaço maior na agenda brasileira internacional. A Política Externa Brasileira para a África durante os governos Lula da Silva (2003-2010) é tida como uma grande mudança em relação aos períodos anteriores, tendo como argumento o aumento no número de projetos de cooperação, a abertura e reabertura de embaixadas brasileiras no continente africano e, por outro lado, apoiada pelo discurso de solidariedade internacional e da existência de uma “dívida” histórica com a África. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é discutir as motivações do governo Lula rumando para África e seu significado, ou seja, se uma maior solidariedade com o continente tido como “o mais pobre do mundo”, conforme a retórica governamental, ou se o mesmo se insere como mercado e região promissores para as novas demandas e interesses nacionais. Como metodologia, foi utilizada a pesquisa bibliográfica.
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