Educação: do Humanismo até a Revolução Francesa

Autores

  • Elizete Antunes Gemin UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Palavras-chave:

Intelectualização. Educação de qualidade. Sociedade ideal. Educação Institucionalizada.

Resumo

O presente ensaio faz uma contextualização histórica dessa fase da educação e intelectualização europeia e apresenta principalmente a problematização ocorrida devido ao fato de que toda a efervescência cultural não veio a sistematizar o conhecimento, nem tampouco, a educação de qualidade e igualitária foi levada aos homens com condições financeiras desfavoráveis. Por causa disso, somente a aristocracia alcançou o refinamento erudito pregado por Erasmo de Roterdam e, por não ser observada a simplicidade defendida por esse mesmo autor, a opulência foi uma das causas da degradação moral do homem da época. Surgiu um conceito, defendido por Rousseau, de uma sociedade ideal. Nessa sociedade utópica, a educação institucionalizada seria o sustentáculo de formação do homem inteiramente novo, que naturalmente atuaria no meio social. Porém, durante a Revolução Francesa, podemos observar o início da educação pública, laica e obrigatória que tinha por objetivo principal a reformulação do homem, coeso com o Estado e a sociedade. Para a consecução deste trabalho, foram consultadas fontes como: Ensaios de Montaigne; Gargântua e Pantagruel, de Rabelais; Discurso do Método: Meditações de Descartes; Emílio ou Da Educação, de Rousseau. Com relação às referências bibliográficas, foram usadas obras clássicas sobre o tema, como: Boto (1996), Burke (2003), Eby (1962), Larroyo (1974), Lawrence (1974), Leif e Rustin (1960) e Luzuriaga (1985). Com o estudo dessas referências imprescindíveis, pudemos perceber o grande valor dado ao lema: liberdade, igualdade e fraternidade usadas na época, entretanto na realidade, o lema, não foi adotado na totalidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BOTO, C. J. M. C. R. A educação no Debate Iluminista. In: A escola do homem novo: entre o Iluminismo e a Revolução Francesa. São Paulo: UNESP, 1996, p. 21-69

BURKE, P. A Consolidação do Conhecimento: Antigas e Novas Instituições. In: Uma História Social do Conhecimento de Gutenberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003, p. 43-47.

DESCARTES, R. Discurso do Método: Meditações. São Paulo: Martin Claret, 2008. p. 54

EBY, F. Humanismo e Reforma Escolar e da Igreja. In: História da Educação Moderna. São Paulo: Globo, 1962. p. 76.

ERASMO DE ROTTERDAM. In: Enciclopédia Barsa Universal. São Paulo: Planeta, 2007, v.7, p. 2209.

LARROYO, F. História Geral da Pedagogia. 2 ed. São Paulo: Mestre Jou, 1974, p. 499-524.

LAWRENCE, E. S. A Renascença. In: As Origens e a Evolução da Educação Moderna. Lisboa: Ulisséia, 1974. p. 67-68.

LEIF, J.; RUSTIN, G. Pedagogia Geral pelo Estudo das Doutrinas Filosóficas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1960. p. 41-100.

LUZURIAGA, L. História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1985, p.93-168.

MONTAIGNE, M. Da educação das crianças. Ensaios. São Paulo: Abril Cultural, 1972. p. 151

MONTAIGNE. In: ENCICLOPÉDIA Barsa Universal. São Paulo: Planeta, 2007, v.12, p. 4030.

RABELAIS, F. De como Gargântua foi instruído por Ponócrates com tal disciplina que não perdia uma hora do dia, In: Gargântua e Pantagruel. Buenos Aires: El Ateneu, 1956. p. 128-129

RABELAIS. In: Enciclopédia Barsa Universal. São Paulo: Planeta, 2007, v.14, p. 4999.

ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 119.

ROUSSEAU. In: Enciclopédia Barsa Universal. São Paulo: Planeta, 2007, v.15, p. 5332.

Downloads

Publicado

2017-06-29