ANÁLISE HISTOLÓGICA EM ÓRGÃOS ALVO DE CÃES INFECTADOS POR Leishmania spp.
Palavras-chave:
Fibrose, Glomerulonefrite, Centros melanomacrofágicos, Infiltrado de leucócitos, Congestão de capilares sinusóidesResumo
INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de ocorrência mundial que pode infectar humanos, ratos, raposas, gatos, equinos, cães e vários outros animais. A leishmaniose visceral ocorre em decorrência das Leishmania infantum, L. donovani e L. chagasi, no Brasil a maior prevalência é em decorrência da Leishmania chagasi. As Leishmanias possuem duas formas infectantes, a forma amastigota e a forma promastigota e o vetor ou hospedeiro intermediário, é o inseto da espécie Lutzomyia longipalpis.Os cães acometidos podem ser assintomáticos, oligossintomáticos e sintomáticos. Os sintomas da LVC, bem como as alterações laboratoriais, são variados e inespecíficos, isso dificulta seu diagnóstico, permitindo muitas vezes que o cão fique sem tratamento e disseminando a doença por longos períodos. Os principais métodos de diagnóstico são os sorológicos (ELISA) e a imunofluorescência indireta (RIFI), realizados a partir do soro sanguíneo, buscando detecção de anticorpos. O presente trabalho visa avaliar através de lâminas histológicas coradas por técnicas específicas, a relação entre: a presença de colágeno e fibrose nas amostras dos órgãos coletados e o acometimento por LVC. MATERIAIS E MÉTODOS: O trabalho é do tipo pesquisa qualitativa, foi realizada na Clínica Veterinária da Unidade Educacional da PUC Minas Betim e no Laboratório de Histologia da PUC Minas Coração Eucarístico. Foram utilizados cães que vieram a óbito, acometidos com leishmaniose visceral, atendidos no Centro Veterinário PUC Minas – Betim. Desses animais foram coletados fragmentos de rim, fígado, baço e linfonodo que foram submetidos às técnicas histológicas de rotina. RESULTADO E DISCUSSÃO: As análises histológicas mostraram no rim glomerulonefrite, infiltrado de linfócitos, fibrose, degeneração glomerular, redução do espaço da cápsula de Bowman e degeneração e necrose tubular. No fígado, dilatação dos hepatócitos com material floculento no seu interior, vacuolização e degeneração dos hepatócitos, dilatação e congestão dos capilares sinusóides e fibrose. As alterações observadas no baço foram formações de centros melanomacrofágicos, fibrose de trabécula de conjuntivo e espessamento e fibrose da cápsula do órgão. No linfonodo, hiperplasia, espessamento da cápsula e infiltrado de leucócitos na região medular. A alteração mais frequente foi a intensa fibrose na matriz extracelular dos órgãos alvo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados fornecem subsídios para confirmar o diagnóstico da doença em cães. Conclui-se que a análise histológica da leishmaniose visceral canina em órgãos alvo, pode constituir uma ferramenta importante para confirmar o diagnóstico da doença em cães.
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