THE THESIS OF "LEGITIMATE DEFENSE OF HONOR" VS. THE RIGHT TO LIFE OF WOMEN
To what extent can honor be invoked to defend feminicide?
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1678-3425.2022v7n13p257-272Keywords:
Legitimate defense of honor, Feminicide, Jury Court, EqualityAbstract
This article explains how the "thesis of the legitimate defense of honor" presented as a defense of the defendant in the scope of action in the "jury court", can be a form of violation of the constitutional right to equality of women before men, in democratic society. Brazilian society, for the reason that it has a historical heritage culturally marked by patriarchy. In view of this, the existing discussion between the fullness of defense with the fulcrum in the defense of the "objective honor of the accused" vs. The violation of the right to life of the victim of the crime of femicide, as well as the full impairment of his dignity as a human being, is present in the action of non-compliance with fundamental precept 779 (ADPF 779 - Federal District). Thus, this conflict of fundamental rights is a starting point to recognize that women, despite formal advances in terms of their rights, still lack the effectiveness of these in a material scope, constituting their social implementation a real challenge within brazilian society.
Downloads
References
AVELAR, Daniel Ribeiro Surdi de; COUTINHO, Jacinto Nelson de; NARDELLI, Marcella Mascarenhas; SILVA, Rodrigo Faucz Pereira e. Limitação argumentativa que obsta a tese da legítima defesa da honra. Revista Consultor Jurídico. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-abr-23/limite-penal-limitacao-argumentativa-obsta-tese-legítima-defesa-honra. Acesso em: 20 de jan. 2022.
AZEVEDO, Carolina Trevisan de; BATISTA, Camila Raposo; MACHADO, Cibele Lasinskas. Transpondo barreiras: Um estudo de caso da ADPF 779 e seus efeitos no ornamento jurídico brasileiro. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.1, p. 829-845 Jan. 2022.
BRASIL. Decreto no 4.377, de 13 de setembro de 2002. Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4377.htm. Acesso em: 14 de mar. 2022
BRASIL. Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 14 mar. 2022.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 11 de jan. de 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADPF no 779, MC-Ref. Relator: Ministro Dias Toffoli. Tribunal Pleno, 15 de marco de 2021. Diário de Justiça Eletrônico. Brasília, 20 maio de 2021. Disponível em:http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6081690. Acesso em: 10 de dez. de 2021
BARBOZA, Estefânia Maria de Queiroz; DEMETRIO, André́. Quando o gênero bate à porta do STF: a busca por um constitucionalismo feminista. Revista Direito GV, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 1-34, 2019. Quadrimestral. Disponível em: https://direitosp.fgv.br/publicacoes/revista/artigo/quando-genero-bate-porta-stf-busca-por-constitucionalismo-feminista. Acesso em: 10 jan. de 2022.
BERNER, Vanessa Oliveira Batista, MELINO, Heloisa. Perspectivas feministas e movimentos sociais: Uma abordagem fundamental para o planejamento urbano. Revista de Direito da Cidade, vol. 08, nº 4. ISSN 2317-7721 pp. 1868 – 1892, 2016.
BITENCOURT, Cezar Roberto. As contradições intrínsecas da liminar na ADPF 779. Consultor Jurídico. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-mar-05/bitencourt- contradicoes-intrinsecas-liminar-adpf-779. Acesso em: 13 jan. de 2022.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 21 ed. São Paulo: Malheiros, 2007.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. Parte geral: arts. 1o ao 120°. 23. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
DUTRA, Carla Souza. Legítima defesa da honra em crimes de feminicídio, é possível argumentar? Jusbrasil. [S. l.], 2021. Disponível em: https://carlasza-dutra- adv1484.jusbrasil.com.br/artigos/1184610025/legítima-defesa-da-honra-em-crimes-de- feminicidio-e-possível-argumentar. Acesso em: 12 out. 2021.
FERREIRA, Francisco Diógenes Freires Ferreira; PEREIRA, Bruna Alves; VIDAL, Camila Vanessa de Queiroz. A legítima defesa da honra e os reflexos da ADPF 779 sobre o direito da plenitude de defesa no feminicídio. V DESFAZENDO GÊNERO – V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DESFAZENDO GÊNERO, Online – 22 a 25 de novembro de 2021 ST XX – TÍTULO DO SIMPOSIO.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021. 2021. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/07/anuario-2021-completo-v6-bx.pdf. Acesso em: 09 de jan. de 2022.
LOPES JR, Aury. Direito Processual Penal. Aury Lopes Jr 18. Ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021. 1248p.
LOPES JR. Aury. Júri da discórdia. [S. l.], 2021. Consultor Jurídico. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-jan-24/entrevista-lenio-streck-aury-lopes-j r professores- advogados. Acesso em: 06 nov. 2021.
MACHADO, Vânia Stobbe. Feminicídio e a legítima defesa da honra: controvérsia constitucional do Habeas Corpus 178.777 e a consequente arguição de descumprimento de preceito fundamental 779. Monografia (Graduação de Direito) – Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, 2021.
MENDES, Soraia da Rosa. Criminologia feminista: novos paradigmas. São Paulo: Saraiva, 2017.
MUNIZ, Gina Ribeiro Gonçalves. Ainda sobre a ADPF 779: o caminho para desconstrução da sociedade machista?. Consultor Jurídico. [S. l.], 2021. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-mar-30/tribuna-defensoria-ainda-adpf-779-desconstrucao- sociedade-machista. Acesso em: 10 jan. 2022.
NUCCI, Guilherme de [S. l.], 2021. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/351831/legítima-defesa-da-honra-e-dignidade-da-pessoa-humana-decisao-do-stf. Acesso em: 10 jan. 2022.
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Direito de Família: Uma abordagem psicanalítica. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
RAMOS, Margarita Danielle. Reflexões sobre o processo histórico-discursivo do uso da legítima defesa da honra no Brasil e a construção das mulheres. Revista Estudos Feministas, v. 20, n. 1, p. 53-73, 2012.
SANTOS, Antônia Cláudia Lopes dos. Crimes Passionais e Honra no Tribunal do Júri Brasileiro. Tese de doutorado - Universidade Federal do Ceará (UFC), Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza, junho de 2008.
SILVA, Rodrigo Veloso. A ADPF 779 e a consagração do direito como fenômeno social. Migalhas. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/342689/a-adpf-779-e-a-consagracao-do-direito-como-fenomeno-social. Acesso em: 15 de jan. 2022.
TELES, Maria Amélia de Almeida; MELO, Mônica de. O que é violência contra a mulher. São Paulo: Brasiliense, 2002.
TORRES, Maria Júlia Virgínio. O Supremo Tribunal Federal e a perspectiva de gênero: considerações sobre a ADPF 779/DF e os direitos fundamentais da mulher. Monografia (Graduação em Direito) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Direito. Natal, RN, 2021.