CIDADES COMPACTAS E VERDES: DISCUSSÕES ACERCA DA QUALIDADE DE VIDA E SUSTENTABILIDADE URBANA
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2316-1752.2016v23n33p76Palavras-chave:
Cidades Compactas e Verdes. Qualidade de Vida Urbana. Sustentabilidade Urbana.Resumo
No contexto contemporâneo, em que a dispersão (sprawl) e a fragmentação urbana se disseminam,
afetando inclusive algumas cidades europeias tradicionalmente mais compactas e densas, o paradigma
da cidade compacta pode vir a se apresentar como uma alternativa viável, embora não lhe
faltem críticos. Este estudo analisa vantagens e desvantagens do modelo compacto em relação à
proposição norte-americana do smart growth. A pesquisa objetivou examinar os dois modelos por
meio de uma comparação dos impactos urbanos sobre a natureza, incluindo o consumo energético,
os espaços naturais e a qualidade de vida da população, utilizando-se indicadores espaciais urbanísticos
e de qualidade de vida da população. Como procedimento metodológico, partiu-se de algumas
hipóteses construídas a partir da teoria existente e adotaram-se alguns modelos de índices de compactação
urbana utilizados internacionalmente. Por intermédio de simulações, chegou-se a conclusões
referentes à disponibilidade e à acessibilidade a elementos qualitativos urbanos, bem como
à simulação da percepção desses mesmos elementos por parte da comunidade. Como resultado,
verificou-se que, embora em alguns casos, os indicadores quanti-qualitativos de um modelo urbano
mais expansivo pareçam melhores pela quantidade disponibilizada de espaços (áreas verdes, por
exemplo), por outro lado, a sua efetiva utilização pode ocorrer melhor e mais eficientemente em cidades
mais compactas, seja pela possibilidade de melhor distribuição espacial e acessibilidade, seja
pelo dimensionamento mais apropriado (por exemplo, à escala humana), o que torna o seu potencial
de utilização mais otimizado. Os resultados permitem desmistificar os argumentos de uma suposta
qualidade ambiental e disponibilidade real em uma estruturação mais extensiva, oferecendo respostas
objetivas à escolha de princípios de desenho urbano mais sintético, denso, verde e sustentável.
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