Modernidade Quae Sera Tamen

Autores

  • Carlos Antônio Leite Brandão

Resumo

A primeira parte deste artigo analisa algumas obras dos principais autores da arquitetura moderna brasileira, mostrando que ela, desde o início, já é "tardia", indo além da mera reprodução dos cânones do funcionalismo europeu e norte-americano, providenciando contágios com fontes e tradições locais e/ou heterodoxas e conjugando uma crítica consciente ao próprio modernismo mundial. Na segunda parte, ainda trabalhando sob o conceito da "modernidade tardia", verifica-se como Brasília adquire sentidos novos, serve como parâmetro para pensarmos a fundação republicana de nosso país e de nossas cidades em ambientes tardios e funciona como consciência crítica da nossa produção arquitetônica pós-moderna e recente. Conclui-se mostrando como a pós-modernidade foi antecipada em nosso modernismo, contraída sob o conceito de modernidade tardia, e como o moderno age no interior da pós-modernidade para configurar os caminhos da arquitetura e da nossa cultura no século XXI. Foi o fato de sermos "tardios" que dotou nosso barroco e nosso modernismo de relevância no panorama mundial e essa condição deve ser elaborada, em vez de suprimida, para definirmos nosso lugar no mundo contemporâneo.

Palavras-chave: Modernismo; Arquitetura moderna; Modernidade tardia;Pós-modernidade; Brasília; Lúcio Costa; Republicanismo;República.

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Publicado

2009-10-20

Como Citar

Brandão, C. A. L. (2009). Modernidade Quae Sera Tamen. Cadernos De Arquitetura E Urbanismo, 12(13), 201–215. Recuperado de https://periodicos.pucminas.br/Arquiteturaeurbanismo/article/view/785