TRABALHO DOMÉSTICO REALIZADO POR MEIO DE PLATAFORMAS DIGITAIS:
gig economy da servidão?
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2318-7999.2024v27n54p358-384Palavras-chave:
Plataformas digitais, Trabalho doméstico, Trabalho reprodutivo, Separação sexual do trabalho, ServidãoResumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a relação entre a exploração do trabalho doméstico e a economia de plataformas ou gig economy, sob a perspectiva de que as transformações histórico-econômicas da sociedade brasileira resultam em cenários sociais que por si só já são complexos, mas que convergem e ocasionam realidades cruéis em diferentes níveis, a depender da pessoa que as encara. Pretende-se examinar separadamente aspectos envolvendo os direitos trabalhistas, as perspectivas de gênero e de divisão sexual do trabalho, bem como as discriminações de raça e as particularidades legadas pelo sistema escravocrata, com o objetivo de realizar em seguida um estudo triangulando esses três objetos. Será empregado o método dialético, em busca de aprofundar a pesquisa, tendo em conta a evolução da sociedade, acompanhado de uma metodologia de caráter bibliográfico, dispondo do amparo teórico principalmente de livros, artigos científicos e preceitos legais, e a partir de uma perspectiva interseccional e feminista das relações de raça, gênero e divisão sexual do trabalho. Conclui-se que a conjuntura em seu todo agrava a precarização de uma categoria já precarizada, mesmo quando ausentes as complicações interseccionais, pois a plataformização escancara as vulnerabilidades do trabalho reprodutivo doméstico.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A inscrição de algum trabalho implica a cessão de direitos autorais à Revista, comprometendo-se o autor a não enviar o artigo para outro veículo antes da data prevista para publicação.