ENSAIO SOBRE DIFERENÇA, RESISTENCIA E ALTERIDADE:
observações sobre a evolução do feminismo e do antirracismo na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2318-7999.2024v27n54p76-103Palavras-chave:
Violência, Diferença, Realismo jurídico, Feminismo, AntirracismoResumo
O presente ensaio perscruta discutir como as diferenças humanas, que usualmente são objeto da violência estatal e do direito oferecem, paralelamente, meios de resistência a partir do desenvolvimento de seu autoconhecimento. Por outro lado, o artigo constata que o direito, como instituição de violência, tende a render-se a serviço de forças políticas autoritárias, reacionárias e inibidoras da complexidade humana. Contudo, valendo do entendimento da escola realista do direito, verifica-se que o direito é campo aberto para disputa política de forças sociais em movimento e perene reorganização de suas estratégias de ação. Retoma-se, então, a perspectiva do materialismo histórico como teoria social da práxis para descrever como a diferença opera a abrir novos caminhos, como forma de resistência. Valendo-se do método hipotético crítico, a partir de revisões de literatura baseadas em De Giorgi, Derrida, Benjamin, Agamben, Marx e Engels, objetiva-se analisar como a capacidade discursiva de movimentos como, a exemplo, o do feminismo e do antirracismo, se deslocam e recriam permanentemente estratégias de resistência. A hipótese resultante do ensaio é otimista e procura sustentar que a práxis social e política é método de luta por direitos.
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