O BRILHO DA FACA NA PONTA DA LÍNGUA
A poesia de Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, como alegoria da essência da linguagem, segundo Heidegger, avistada naquele evento
DOI :
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2023v14n27p381-388Mots-clés :
Literatura, Acontecimento apropriador (Ereignis), Compreensão-de-ser (Seinsverständnis), Mundo, LinguagemRésumé
Da kehre, seguimos Heidegger no alargamento desde a analítica existencial ao dom do Ser no Ereignis, expressão da co-pertença Ser-Dasein na diferença ontológica. Os muitos dizeres do homem enraizam-se no ser do Dasein, compreensão-de-ser (Seinsverständnis). De outro lado, enquanto dom do Ser, o mundo torna-se linguagem no ser de tudo que é, através das coisas sendo ao Dasein e o dizer, resposta do chamado do Ser, donde advém o dito. A linguagem deixa de ser um atributo ou instrumento de expressão humana, de que faz uso racionalmente e conta com uma ontologia porque é, também, ser. Gestar aponta para a interação coisas-mundo e revela a convocação do Dasein ao dizer: tentativa de co-responder ao ser do Ser, sendo no mundo, limitadamente e, no entanto, fazendo literatura no mundo, fazendo da literatura mundo e possibilidade do ser do próprio Dasein. O evento de Torto Arado exemplifica a dimensão existencial da literatura.
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