O BRILHO DA FACA NA PONTA DA LÍNGUA

A poesia de Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, como alegoria da essência da linguagem, segundo Heidegger, avistada naquele evento

Autores/as

  • Ana Letícia Martins de Souza PUC Minas

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2023v14n27p381-388

Palabras clave:

Literatura, Acontecimento apropriador (Ereignis), Compreensão-de-ser (Seinsverständnis), Mundo, Linguagem

Resumen

Da kehre, seguimos Heidegger no alargamento desde a analítica existencial ao dom do Ser no Ereignis, expressão da co-pertença Ser-Dasein na diferença ontológica. Os muitos dizeres do homem enraizam-se no ser do Dasein, compreensão-de-ser (Seinsverständnis). De outro lado, enquanto dom do Ser, o mundo torna-se linguagem no ser de tudo que é, através das coisas sendo ao Dasein e o dizer, resposta do chamado do Ser, donde advém o dito. A linguagem deixa de ser um atributo ou instrumento de expressão humana, de que faz uso racionalmente e conta com uma ontologia porque é, também, ser. Gestar aponta para a interação coisas-mundo e revela a convocação do Dasein ao dizer: tentativa de co-responder ao ser do Ser, sendo no mundo, limitadamente e, no entanto, fazendo literatura no mundo, fazendo da literatura mundo e possibilidade do ser do próprio Dasein. O evento de Torto Arado exemplifica a dimensão existencial da literatura.

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Biografía del autor/a

Ana Letícia Martins de Souza, PUC Minas

Promotora de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Especialista em Direitos Fundamentais pela Universidade Carlos III de Madri. Graduanda em Filosofia pela PUC-Minas.

Publicado

2023-07-14

Cómo citar

Martins de Souza, A. L. (2023). O BRILHO DA FACA NA PONTA DA LÍNGUA: A poesia de Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, como alegoria da essência da linguagem, segundo Heidegger, avistada naquele evento. Sapere Aude, 14(27), 381–388. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2023v14n27p381-388

Número

Sección

COMUNICAÇÕES/COMUNICATIONS