VOLTAIRE E SCHILLER:
EDUCAÇÃO ESTÉTICA COMO CONDIÇÃO À LIBERDADE
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2023v1nesp1p408-423Palavras-chave:
educação estética, Schiller, Voltaire, moral, liberdadeResumo
O tema que irei apresentar aqui é acerca da educação estética, mais precisamente, a educação estética na perspectiva de dois importantes filósofos do século XVIII, a saber, Voltaire e Schiller. Por educação estética aqui se entende a ferramenta que, por meio da arte, “conserta” o descompasso que há entre razão e sensibilidade. Esse descompasso aprisiona os seres humanos, levando-os a agir de forma “selvagem”, “bárbara” ou “infame”, portanto, imoral. Acreditando que os males morais da modernidade se fundam num problema estético, a intenção de Voltaire e Schiller é, por meio desta educação, libertar a humanidade e fazê-la agir moralmente. O filósofo alemão concorda com o francês que a arte é o único caminho à liberdade, no entanto, eles divergem a respeito de como a subjetividade humana deve se formar.
Downloads
Referências
BARBOSA, Ricardo. A especificidade do estético e a razão prática em Schiller. Revista Kriterion, Belo Horizonte, n. 112, p. 229-242, 2005.
BOISDEFFRE, Pierre de. Voltaire est-il um philosophe? In: BLUCHE, François et al. Voltaire. Paris: Hachette, 1978.
FORTES, Luiz R. Salinas. O iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense; 3ª edição, 1985 (Tudo é história 22).
HABERMAS, Jiirgen. O discurso filosófico da modernidade: doze lições. Tradução: Luiz Sérgio Repa e Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
KANT. Crítica da faculdade de julgar. Tradução: Fernando Costa Mattos. Petrópolis: Vozes, 1ª edição, 2016.
MONTESQUIEU. Cartas Persas. Tradução: Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Nova Alexandria, 2005.
MOTA, V. A presença da ideia de combate no teatro de Voltaire. A Palo Seco, São Cristóvão, SE, ano 9, n. 10, p. 85-93, 2017.
MOTA, Vladimir. Filósofo e Filosofia nas Luzes francesas. Revista Enunciação, Seropédica, RJ, vol. 2, n. 2, p. 89-98, 2017.
MOTA, Vladimir. Arte e política: uma leitura da obra voltairiana à luz de Jacques Rancière. Prometheus: Journal of Philosophy, São Cristóvão, SE, n. 31, p. 223-234. sept-dec. 2019.
NASCIMENTO, Maria das Graças Souza do. Voltaire: a razão militante. São Paulo: Editora Moderna Paradidático; 2ª edição, 1996 (Coleção “Logos”).
SOUZA, Maria das Graças de. Ilustração e história: o pensamento sobre a história do Iluminismo francês. São Paulo: Discurso Editorial, 2001.
RIOUT, Denys. Éducation. In: SOURIAU, Étienne. Vocabulaire d’esthétique. Paris: PUF, 2010. p. 667-668.
SCHILLER, Friedrich. A educação estética do homem: numa série de cartas. Tradução: Roberto Schwarz e Márcio Suzuki; introdução e notas Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 2017.
SCHILLER, Friedrich. Cultura estética e liberdade. Organização e tradução: Ricardo Barbosa. São Paulo: Editora Hedra, 2014.
VOLTAIRE. Educação das Meninas. Tradução: Vladimir de Oliva Mota. São Cristóvão: Revista Prometeus, 2018.
VOLTAIRE. Os pensadores Voltaire/Diderot. Edição: Victor Civita. Tradução: Marilena de Souza Chauí. São Paulo: Abril Cultural, 1ª edição, 1984.
VOLTAIRE. Discours sur la tragédie à Mylord Bolingbroke. In: Ouvres completes de Voltaire. L’édition Moland. Paris: Garner, 1875.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
TERMO DE DECLARAÇÃO:
Submeto (emos) o trabalho apresentado, texto original, à avaliação da revista Sapere Aude, e concordo (amos) que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora PUC Minas, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem que a necessária e prévia autorização seja solicitada por escrito e obtida junto à Editora. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado e o (s) autor (es), empresas, instituições ou indivíduos.
