RAZÃO DESTRONADA, VONTADE INÓCUA:
Apontamentos críticos sobre as teorias da motivação e da vontade de David Hume
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2023v14n28p724-742Keywords:
Razão, Paixões, Vontade, MotivaçãoAbstract
O presente artigo objetiva analisar alguns aspectos das teorias da motivação e da vontade de David Hume. Para esse fim, são discutidos os argumentos apresentados no Livro 2, Parte 3, Seção 3, do Tratado da Natureza Humana, que buscam demonstrar a incapacidade motivacional da razão. Mostra-se que Hume supõe que a razão consiste apenas em raciocínios demonstrativos ou prováveis cujos objetos são proposições, o que não parece ser o caso. Seguem-se análises críticas de Stroud (1977), para quem a razão também se refere à descoberta do valor de verdade de proposições, sendo que crenças decorrentes desse processo de descoberta podem ser capazes de motivar; e de Korsgaard (1996), que apresenta um sentido de irracionalidade própria que pode ser atribuído a uma agente que não é motivada para agir de modo a alcançar um fim que propõe a si mesma. Após, apresenta-se a interpretação humeana da acrasia, caracterizada como um conflito entre paixões calmas e paixões violentas, comentando-se como a teoria motivacional de Hume parece tornar desnecessário o uso do conceito de vontade.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
DECLARATION TERM:
I submit the presented work, an original text, for evaluation by the Sapere Aude journal of Philosophy and agree that its copyright will become the exclusive property of PUC Minas Publisher, prohibiting any reproduction, total or partial, in any other part or electronic/printed divulgation means before the necessary previous authorization is solicited and obtained from the Publisher. I also declare that there is no interest conflict between the aborded theme and the author, entrerprise, institution or individuals. I am not sure about this sentence and why it should be there. Do you publish any research that is subsidized by companies or that involves quantitative or qualitative interviews with participants?