SEXTECH, PLATAFORMIZAÇÃO E OS DESAFIOS DE UMA ONTOLOGIA DO SEXO VIRTUAL

Authors

  • Mariana Paolozzi UFSC
  • Marcus Vinícius de Souza Nunes

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v16n31p166-186

Keywords:

sextech;, cultura digital;, ontologia; teoria Ator-Rede;, teoria queer

Abstract

The paper explores the intersection between technology, sexuality, and ontology in contemporary digital culture. Western modernity was based on a radical separation between subjects and objects, a model that proves unsustainable in the face of decolonial critiques and social studies of science and technology. Research in ontology seeks, then, new ways of understanding the relationships between human and non-human actors, driven by the crisis of political representation and self-destructive capitalism. The central objective is to examine other ontologies based on the specific demands of digital culture, focusing on new forms of sexual experience mediated by digital platformization. To do this, the research uses Actor-Network Theory as a methodological framework and Queer Theory as a premise of suspicion about the ontological coherence of subjects. The research highlights the "impure" condition of sex, never exclusively organic, and how subjectivity is realized through technical networks. However, sextech reveals a paradigm shift in the construction of affections and the negotiation of desires, driven by the logic of capitalist industry.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Mariana Paolozzi, UFSC

Doutora e mestra em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas. Graduação em Filosofia pela USP. Professora adjunta da UFSC. Suas áreas de pesquisa são Filosofia Medieval e Ética. E-mail: marianapaolozzi@gmail.com. 

Marcus Vinícius de Souza Nunes

Doutor em Educação pela UDESC. Mestre em Educação e graduado em Filosofia pela UFSC. Estágio de Pós-Doutorado em Tecnologia e Inovação pela UFSC. Professor Colaborador no Departamento de Educação Científica e Tecnológica da UDESC. Email: mvinicius.snunes@gmail.com.

References

BUTLER, Judith. A vida psíquica do poder. Teorias da sujeição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas. Notas para uma teoria performativa da assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018a.

BUTLER, Judith. Corpos que importam. Os limites discursivos do “sexo”. São Paulo: n-1 Edições, 2019.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

BUTLER, Judith. Quadros de Guerra. Quando a vida é passível de luto? 4ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018b.

CHRISTIAN, M. Programs or People? OnlyFans Analysis Raises Questions About AI’s Potential Impact on the Industry. Future of Sex. 19 de outubro de 2024. Disponível em https://futureofsex.net/virtual-sex-entertainment/programs-or-people-onlyfans-analysis-raises-questions-about-ais-potential-impact-on-the-industry/. Acesso em 01 de dezembro de 2024.

DANTAS, Marcos; et al. O valor da informação. De como o capital se apropria do trabalho social na era do espetáculo e da internet. São Paulo: Boitempo, 2022.

DI FELICE, Massimo. A cidadania digital. A crise da ideia ocidental de democracia e a participação nas redes digitais. São Paulo: Paulus, 2020.

FUTURE of sex. (Plataforma Digital). Disponível em https://futureofsex.net. Acesso em 01 de dezembro de 2024.

HARAWAY, Donna. Manifiesto cíborg. Madrid: Kaótica Libros, 2020.

ILLICH, Ivan. A expropriação da saúde. Nêmesis da medicina. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

LATOUR, Bruno. A esperança de Pandora. Ensaios sobre a realidade dos Estudos Científicos. São Paulo: Editora Unesp, 2017.

LATOUR, Bruno. Ciência em ação. Como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Ensaio de antropologia simétrica. 4. ed. São Paulo: Editora 34, 2019a.

LATOUR, Bruno. Políticas da natureza. Como associar as ciências à democracia. São Paulo: Editora Unesp, 2019b.

LATOUR, Bruno. Reagregando o social. Uma introdução à Teoria do Ator-Redes. Salvador, São Paulo: Edufba, Edusc, 2012.

MATAMOROS, Itziar. O que é `sextech` (o sexo que praticaremos no futuro)? El País, 02 Jan 2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/sociedad/2021-01-02/o-que-e-sextech-o-sexo-que-praticaremos-no-futuro.html. Acesso em: 01 de junho de 2024.

PRECIADO, Paul Beatriz. Manifesto contrassexual. Práticas subversivas de identidade sexual. São Paulo: n-1 Edições, 2017.

PRECIADO, Paul Beatriz. Testo Junkie. Sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. São Paulo: n-1 Edições, 2018.

VAROUFAKIS, Yanis. Technofeudalism. What killed Capitalism. New York City: Vintage Books, 2024.

ZIZEK, Slavoj. Sexo e o absoluto fracassado. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2024.

Published

2025-07-18

How to Cite

Paolozzi, M., & Nunes, M. V. de S. (2025). SEXTECH, PLATAFORMIZAÇÃO E OS DESAFIOS DE UMA ONTOLOGIA DO SEXO VIRTUAL. Sapere Aude - Journal of Philosophy, 16(31), 166–186. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v16n31p166-186

Issue

Section

ARTIGOS/ARTICLES: DOSSIÊ/DOSSIER