O DISCURSO ASCÉTICO EM MICHEL FOUCAULT E DESCARTES
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2016v7n13p85Parole chiave:
Foucault, Descartes, Subjectividade, LoucuraAbstract
RESUMO
No texto “Mon corps, ce papier, ce feu”, de 1972, Michel Foucault apresenta uma leitura das MeditaçõesMetafísicas de Descartes na qual identifica uma dupla trama: um discurso demonstrativo guiado pela ordem das razões e um discurso ascético orientado pelo exercício performativo de criação do sujeito de conhecimento. Este artigo mostra que, neste raro momento em que Foucault se colocou no papel de comentador de um texto filosófico, os aspectos realçados no texto cartesiano são igualmente emblemáticos de seu próprio método filosófico. Particularizando-se pelo apontamento de visíveis e enunciáveis, as histórias foucaultianas também perfazem uma dupla trama e incitam uma espécie de ascese.
Palavras-chave: Foucault, Descartes, Meditações Metafísicas, subjetividade, História da Loucura.
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ABSTRACT
In the text “Mon corps, ce papier, ce feu”, written in 1972, Foucault identifies in Descartes's Meditations a double weft: a demonstrative discourse guided by the order of reasons and an ascetic discourse guided by the performatic exercise of creating the subject of knowledge. The present research has showed that, in such a rare moment when Foucault puts himself in the role of a commentator of a philosophical text, the highlighted aspects in the Cartesian text are equally emblematic of his own philosophical method. Characterized by pointing out the visible and the enunciable, Foucault's histories also make up a double weft and encourage a kind of ascesis.
Keywords: Foucault, Descartes, MetaphisicalMeditations, subjectivity, History of Madness.
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