A DEDUÇÃO DOS JUÍZOS DE GOSTO DA CRÍTICA DA FACULDADE DE JULGAR

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DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p932-951

Palabras clave:

Kant, Juízo de gosto, Dedução do gosto, Faculdade de julgar, Estética

Resumen

Este artigo objetiva realizar uma análise crítica da “Dedução dos juízos de gosto” que Kant desenvolve na Crítica da faculdade de julgar. A “Dedução” da terceira Crítica tem como problema principal a legitimidade de um princípio a priori para o gosto. A faculdade de julgar precisa de um princípio a priori para uma consequente universalidade e validade necessária do juízo de gosto. Da obrigatoriedade de uma dedução, Kant chega, então, à realização da “Dedução” do princípio a priori da faculdade de julgar. A dedução, por sua vez, afirma que a faculdade de julgar em geral tem uma condição formal válida a priori que é a mesma condição subjetiva do conhecimento objetivo universalmente comunicável. Portanto, a faculdade de julgar tem um elemento subjetivo a priori e, por essa razão, o juízo de gosto pode ser esperado de todos. Faremos uma análise do argumento kantiano para compreender se a “Dedução dos juízos de gosto” legitima o princípio a priori da faculdade de julgar.

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Biografía del autor/a

Carolina Miranda Sena, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Filosofia, pela Universidade Federal de Ouro Preto. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto. Doutora em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora universitária do ensino privado, na Rede Doctum e no Centro Universitário de Caratinga. E-mail: prof.carolina.sena@doctum.edu.br. 

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Publicado

2024-12-25

Cómo citar

Sena, C. M. (2024). A DEDUÇÃO DOS JUÍZOS DE GOSTO DA CRÍTICA DA FACULDADE DE JULGAR. Sapere Aude, 15(30), 932–951. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p932-951