CONTINGÊNCIA, DISCURSO E HISTÓRIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE A LINGUAGEM EM FOUCAULT E RORTY
DOI :
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2016v7n13p171Mots-clés :
Foucault, Rorty, linguagem, contingência, históriaRésumé
Com a finalidade de suscitar um questionamento sobre a linguagem no pensamento de Michel Foucault, especialmente em suas abordagens discursivas produzidas a partir da década de 1960, o presente artigo busca recuperar parte das discussões sobre a contingência da linguagem presentes na primeira parte da obra Contingência, Ironia e Solidariedade (1994), de Richard Rorty. Para o filósofo americano, não é possível compreender a linguagem como um meio de representação do mundo, isto é, o mundo não possui uma natureza intrínseca ou uma verdade oculta que seja capaz de ser desvelada pela linguagem. É a própria linguagem, por meio de seus jogos, que produz as verdades que são pactuadas no cotidiano. De certo modo, essa recusa da linguagem como medium representativo do mundo coincide com as abordagens discursivas presentes no pensamento de Michel Foucault, talvez o grande eixo dissociativo entre esses autores esteja no questionamento sobre o papel da história dentro desse processo de constituição das verdades. É justamente esse ponto de divergência que o presente texto busca explorar. Em outros termos, questionar-se-á se as noções de discurso, presentes em Arqueologia do Saber (2009) e A ordem do discurso (2008), podem se relacionar a uma compreensão de linguagem dada em sua pura contingência, como propõe Rorty.
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