PSICANÁLISE: ADOECIMENTO E CURA...
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2021v12n23p87-101Keywords:
Psicanálise, Inconsciente, Adoecimento psíquico, Sofrimento, CuraAbstract
Este trabalho objetiva discutir a maneira como a psicanálise concebe o termo cura. O surgimento da psicanálise se atrela ao trabalho clínico e teórico de Freud com pacientes histéricas, inaugurando uma nova maneira de compreender esse adoecimento psíquico, pouco considerado pela medicina da época. Freud, então, a partir de parcerias iniciais com Breuer e Charcot dá vez e voz a essas mulheres, que apresentavam sintomas associados ao corpo, tais como afasias e paralisias. A partir, então, dessa prática clínica, Freud propõe que as causas da histeria estariam intrinsecamente associadas à sexualidade, e postula a presença de uma sexualidade infantil, o que lhe custa a parceria com Breuer, que discordava dessa posição. Assim, em seu percurso de trabalho, Freud elege como objeto de estudo o inconsciente, que diferentemente de outras concepções, é um sistema psíquico que possui uma forma própria de funcionamento e, para se dar a conhecer, manifesta-se nas lacunas do sistema consciente, por meio de atos falhos, chistes, sintomas etc. A proposição de Freud sobre o inconsciente remete à constituição da subjetividade marcada por um desamparo biológico e psíquico provocador de um constante mal-estar. As formas de mal-estar e/ou sofrimento psíquico variam em tempos e lugares, bem como as proposições sobre a cura. A psicanálise não compartilha com a ideia da existência de uma cura entendida como remissão completa de sintomas e sofrimento, como preconiza, por exemplo a medicina. Freud propõe que o trabalho da psicanálise deve ser na direção da transformação de um sofrimento neurótico em uma infelicidade comum.
PALAVRAS-CHAVE: psicanálise; inconsciente; adoecimentos psíquicos; sofrimento; cura.
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